A agência federal de arquivos da Rússia publicou cópias eletrônicas inéditas de documentos secretos sobre o massacre de Katyn, quando mais de 20 mil polonesesforam executados pelos soviéticos, durante a Segunda Guerra Mundial.
O massacre de Katyn aconteceu em 1940, ordenado por Joseph Stalin. E durante mais de meio século a antiga União Soviética acusou as tropas nazistas pelo crime. As cópias foram publicadas no site do órgão federal por ordem do presidente russo, Dmitri Medvedev.
Há sete documentos da chamada “pasta para guardar papéis especiais Nº 1”, apelido dado ao arquivo máximo soviético. O primeiro documento é uma nota do comissário do povo do Interior, Lavrenti Beria, redigido a Stalin, na qual propõem o fuzilamento de mais de 25 mil prisioneiros de guerra poloneses, em sua maior parte, oficiais do Exército.
Datado de 5 de março de 1940 e com um sinal verde de Stalin e de outros membros da cúpula soviética, dita que estes casos devem ser vistos “sem solicitar o comparecimento dos detidos e sem apresentação de acusações”. O documento contém também minutas de um encontro do Politburo, na mesma data, assim como uma nota do chefe da polícia secreta soviética escrita em 1959, discorrendo ao líder soviético Nikita Khrushchev que os arquivos Katyn haviam sido destruídos.
Durante 50 anos, a União Soviética culpou os nazistas, que tomaram a Polônia em 1941, pelo massacre. Essa foi a afirmação oficial do governo até 1990, quando Mikhail Gorbachev assumiu a culpa russa. E tal culpa era conhecida pelos poloneses desde o momento do ocorrido.
Tragicamente irônico, no dia 10 de abril de 2010, dia em que foram relembrados os 70 anos do massacre, o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, morreu num acidente aéreo quando se dirigia a Katyn. Outras 95 pessoas, incluindo a primeira-dama, Maria, e membros do alto escalão do governo, também pereceram.
A publicação de tais documentos foi um gesto de boa vontade russo para a Polônia, em um caso tido como dos mais trágicos na história do país e que barrou as relações bilaterais por décadas. Ambos os países caminham para uma aproximação desde a tragédia que matou Kaczynski. Contudo, os documentos já eram públicos há muito tempo, tanto na Polônia quanto na Rússia.
Em contrapartida, diversos documentos ainda continuam como secretos, sob guarda do Estado na Rússia, apesar dos contínuos apelos da Polônia para sua liberação. Dentre eles inclui uma investigação feita na década de 1990 que listaria os nomes daqueles que participaram das execuções. A Rússia rejeita também o pedido da Polônia para que reconheça as vítimas do massacre como vítimas de repressão política.
No cinema o massacre foi relatado pelo ótimo filme: Katyn, de 2007. Uma produção polonesa dirigida por Andrzej Wajda.
A segunda guerra foi uma guerra ideológica e o fato da burguesia se eximir de outros crimes cometidos e se agarrar a barbaridade que constituiu Katyn.só mostra esta atmosfera tragica que nos impede de ver com profundidade o fatos que nos revelaria a verdadeira história deste conflito.A resistência polonesa publicou em Londres um livro que foi traduzido para o português com o título “A Resistência Russa”. Quando eu fui preso em 1971.durante a ditadura militar, eu pedi a meus pais que jogassem o livro no lixo .
Aqueles que morreram em Katin não era mais a elite ditatorial que dominava a Polônia antes da guerra.Eram heróis poloneses que acreditavam que a resistência russa iria libertar a Polônia do julgo nazista.O assassino destes heróis foi o ódio
ideológico.
O ódio ideológico fez Inglaterra e França assistir os nazistas destruírem a República Espanhola e os nazistas cometerem massacres contra a população civil espanhola antes da guera.É bom nunca se esquecer as atrocidades cometidas contra a Tchoslováquia.
Na verdade, Edson, a União Soviética invadiu a Polônia praticamente ao mesmo tempo que a Alemanha. A Polônia foi divida entre soviéticos e nazistas, por meio do famigerado pacto nazi-soviético. Essa crença que você citou do povo polonês sobre a resistência russa pode ser comparada com a a crença do povo ucraniano de que os alemães seriam os libertadores da Ucrânia sobre o domínio soviético.