No dia 7 de dezembro de 1939, o navio alemão Windhuk aportou em Santos fugindo da marinha inglesa.
O Windhuk, uma embarcação de turismo luxuosa, com capacidade para 600 pessoas, abrigava no momento 250 tripulantes, entre engenheiros, médicos e marinheiros que viajavam da Alemanha para a África do Sul. Os outros passageiros ficaram na Cidade do Cabo.
Em 1939, o Brasil estava neutro em relação à guerra, mesmo assim, o navio foi detido em Santos, e sua tripulação, proibida de deixar o país.
Os alemães residiram no navio até 1942, quando, Getúlio Vargas declarou posicionamento contrário ao Eixo. Então, 244 passageiros do Windhuk foram presos e encaminhados para São Paulo, para a Casa de Detenção, no Carandiru.
Como o governo brasileiro não podia manter os estrangeiros detidos como presos comuns foram instalados prisões provisórias em Pirassununga, Bauru e Ribeirão Preto, até as obras dos campos de concentração em Guaratinguetá e Pindamonhangaba fossem concluídas.
A maior parte dos tripulantes estava na faixa dos 20 anos.
Em Pindamonhangaba, embora a idéia fosse manter os alemães isolados no campo, aos domingos, os tripulantes eram visitados por moradores da cidade, que viam os prisioneiros como a principal atração do município.
Era permitido que os prisioneiros fizessem compras na cidade, sempre acompanhados de soldados armados de fuzis, mas que acabavam relaxando a pena e se unia a eles em confraternizações acompanhadas de cerveja.
Apenas numa ocasião, os prisioneiros tentaram fugir do campo de concentração de Pindamonhangaba e acabaram presos na cadeia pública da cidade.
Já em Guaratinguetá, o campo de concentração era mais rígido, e os alemães não tinham contato com os brasileiros. Os prisioneiros não podiam improvisar a alimentação e comiam sempre arroz com feijão. O trabalho forçado nas lavouras iniciava cedo e terminava somente à noite.
Apesar do sistema rígido, dos 244 tripulantes presos em campos de concentração por 3 anos, apenas um retornou à Alemanha com o término da Segunda Guerra Mundial.
Hildegard, que era babá no navio teve um filho no campo de concentração
Carl Johann foi a única criança nascida num campo de concentração brasileiro. Ele é filho de Hildegard e August Braack. Hilde era babá. August, 20 anos mais velho, era comissário de bordo.
“Embarquei para conhecer o mundo, ser livre”, conta Hilde. “Não queria me casar.” “A gente não sabia o que ia acontecer conosco”, explica.
August e Hilde se Casaram no porto de Santos, na cabine de luxo do piloto. Tudo aparentava ser mais uma aventura. Porém a aventura ficou séria quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial.
Ao engravidar, Hilde, já estava presa no campo de concentração de Pindamonhangaba. Por ser casada, teve permissão de viver numa casa com o marido e as outras duas únicas mulheres da tripulação. Foi a cidade comprar o enxoval escoltada por soldados com fuzis. Deu a luz com um desses soldados montando guarda no lado de fora da sala do hospital.
Carl foi criado a base de leite, aveia e espinafre. Quando a guerra terminou, virou Carlos. Só contou sobre o passado à futura esposa pouco antes de se casar. Hoje tem 65 anos.
Hilde tornou-se uma das primeiras especialistas em ortopedia do país. August trabalhou em escritórios de empresas. Faleceu em 1963, sem nunca ter retornado à Alemanha. Tinha prometido a si mesmo que só retornaria após ter vencido na vida. Conquistou menos do que julgava necessário e permaneceu no seu exílio pessoal. “Ele dizia que não queria voltar como um vagabundo de praia”, diz Hilde.
Depois da morte do marido, ela voltou à Alemanha algumas vezes. Na última vez, alugou um carro e dirigiu por 12.000 km, sozinha. Tinha 78 anos e sentia-se em total liberdade.
Heinz, o fugitivo
Observando o velhinho em seus chinelos não conseguimos imaginar o quanto de trabalho que Heinz Lange deu à polícia de Getúlio Vargas. Ele não perdeu nenhuma oportunidade de fuga. Mas só voltou à Alemanha 50 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, quando já tinha se tornado brasileiro demais. “Fui e já fiquei doido para voltar para o Brasil. Não vou mais”, anuncia.
Sua primeira fuga foi no Carnaval de 1942. Um oficial do Windhuk comprou um barco de pesca para uma escapada heróica: de Santos até o Senegal. No segundo dia de viagem, o mar tornou a viagem difícil. O comandante caiu na água e sumiu. No dia seguinte, quando Heinz acordou, o novo capitão conduzia o barco para Santos.
“Ele mentiu dizendo que o motor tinha quebrado, mas a verdade é que não queria fugir. Estava de namoro com uma brasileira em Santos, só foi porque estava escalado. Se soubéssemos, tínhamos matado ele”, conta Heinz.
Heinz foi preso. Até chegar a Imigração, fugiu pela segunda vez com um companheiro, ambos disfarçados de padeiro. Foram recapturados em Cotia, sob a lona de um caminhão. Não falavam uma palavra em português, mas acreditavam no sucesso da operação.
De volta à cadeia, ele foi acometido pelo tifo. Preso e doente conseguiu cair nas graças de uma enfermeira, uma moça chamada Júlia Nogueira. Casou-se. “Deixaram-nos ficar apenas uma hora juntos no quarto, depois eu tive de retornar para a prisão”, conta. Foi libertado do campo de concentração um ano antes dos demais devido o matrimônio.
Otto aceitou seu destino
Otto só voltou à Alemanha 30 anos depois, para as bodas de ouro dos pais
Otto Kramper tinha apenas 19 anos quando entrou no Windhuk contra a vontade da mãe. Retornou 30 anos depois para a festa das bodas de ouro dos pais. Foi recebido com banda de música na pequena cidade Wahlstedt. Ficou abraçado, mudo, com a mãe, não sabe dizer por quanto tempo.
Retornou ao Brasil. Ao contrário da maioria dos tripulantes do Windhuk, Otto não queria conhecer o mundo. Seu desejo era permanecer em casa. Quando partiu, pensava na volta. Embarcou para não dar mais despesas aos pais.
Quando a autoridade brasileira o libertou do campo de concentração, sem um tostão, aconselhou: “Evitem aglomerações e se cuidem. Não pisem em falso”. Otto seguiu o conselho. Por toda a vida fez o que fazia no navio com prazer: servir aos outros. Aposentou-se em 1994, como garçom, porque a bandeja não firmava mais em suas mãos.
Erwin é um homem inconformado
Erwin Dietrich é um homem revoltado. Nunca aceitou o destino. Essa foi a maldição de Erwin. “Sou muito revoltado com o que fizeram comigo. Os outros dizem para deixar para lá, mas eu não deixo. Para mim não passou. Foi errado. Eu não esqueço”, diz.
“O Windhuk não era navio de guerra. A gente não era soldado. Como nos deixam presos, aqui, neste país?”
Por anos ele morou no Brasil se recusando a aprender o português. Decorou somente os palavrões e os repetia a cada policial que encontrava na esperança que o despachassem de volta à Alemanha. Só embarcou naquela que seria “sua primeira, única e pior viagem” porque desejava conhecer o mundo. Caçula de uma família miserável de seis filhos, Erwin passou muita fome. Quando ele nasceu, em 1922, a Alemanha em ruínas devida a Primeira Guerra Mundial. Por haver falta de comida, até os 5 anos Erwin só mamou no peito.
A origem de Erwin é a da Alemanha humilhada que tornou a revolta de Adolf Hitler possível. Entre as lembranças de Erwin está a de ter apertado a mão de Hitler três vezes.
Ao embarcar no Windhuk, a Alemanha se recuperava nas mãos do Führer. A Segunda Guerra terminou com ambas as promessas: a do império alemão e a de seu futuro nele. Erwin continuou sofrendo. Ele não estava presente para ver e participar da reconstrução da Alemanha. Estava no Brasil, sem dinheiro para voltar. Quando conseguiu, quase 30 anos depois, era tarde demais. Sua mãe estava em coma e não o reconheceu. O pai havia se sido morto na guerra, quando uma bomba o explodiu numa padaria. Ironicamente, apenas no Brasil havia lugar para ele.
Wolfgang Gramberer e Rolf Stephan, abriram em São Paulo, em 1948, um bar com o mesmo nome do navio para reunir os amigos e não deixar que suas experiências vividas no campo de concentração brasileiro fossem esquecidas.
Stephan, que ficou preso em Guaratinguetá, contou que, como eles tinham experiência na cozinha quando trabalhavam na embarcação, decidiram trabalhar no Brasil naquilo que já conheciam.
“O restaurante é um ponto de encontro. Os tripulantes do Windhuk se reune no local todo dia 7 de dezembro (data em que o navio aportou no Brasil). Criamos o estabelecimento porque não temos traumas do tempo em que ficamos no campo e gostamos muito do país”, disse.
Veja abaixo a relação completa de tripulantes do Windhuk:
Numero | Função | Nome | Idade |
2 | 1. Oficial | Reinhold Pohl | 40 |
3 | 2. Oficial | Jürgen Sievers | 31 |
4 | 2. Oficial | Arnulf Schüpfer | 31 |
5 | 2. Oficial | Gerhard Truntow | 31 |
6 | 3. Oficial | Giinther Albrecht | 28 |
7 | 3. Oficial | Gerhard Böhm | 127 |
8 | Oficial de Bagagem | Wilhelm Doblinger | 50 |
9 | 1. Contramestre | Robert Schneider | 38 |
10 | 2. Contramestre | Oskar Gehrke | 28 |
11 | 1. Carpinteiro | Hermann Röschmann | 54 |
12 | 2. Carpinteiro | Heinz Lange | 27 |
13 | Steurer | August Brose | 51 |
14 | “ | Josef Demmel | 53 |
15 | “ | Henry Jürgs | 26 |
16 | “ | Joseph Krieger | 27 |
17 | “ | Otto Kubatzki | 40 |
16 | “ | Gustav Rickmann | 53 |
19 | “ | Paul Rickmann | 49 |
20 | Marinheiro | August Ahders | 48 |
21 | Marinheiro | Horst Freitag | 19 |
22 | Marinheiro | Wolfgang Gramberger | 25 |
23 | Marinheiro | Otto Henke | 42 |
24 | Marinheiro | Paul Janetzky | 38 |
25 | Marinheiro | Jessen Jawbus | 25 |
26 | Marinheiro | August Nagat | 57 |
27 | Marinheiro | Walter Pohl | 20 |
28 | Marinheiro | August von Reith | 29 |
29 | Marinheiro | Walter Schneider | 18 |
30 | Marinheiro | Erich Schwebs | 36 |
31 | Marinheiro Leve | Aloisius Hinz | 20 |
32 | Marinheiro Leve | Erwin Kunz | 18 |
33 | Jungmann | Herbert Brandes | 19 |
34 | Jungmann | Walter Gentek | 19 |
35 | Jungmann | Kurt Koch | 19 |
36 | Jungmann | Hubert Nentwig | 16 |
37 | Decksjunge | Helmuth Bruckmann | 15 |
38 | “ | Karl-Heinz Nolting | 16 |
39 | “ | Gunther Preuss | 17 |
40 | 1. Tipógrafo | Gustav Knorn | 37 |
41 | 2. Tipógrafo | Arno Friese | 27 |
42 | Médico | Dr. Georg Heiduschka | 28 |
43 | Enfermeira | Brunhilde Krauss | 28 |
44 | Assistente | Franz Sadowski | 33 |
45 | Economista | Otto Polkowski | 51 |
46 | Comissário de bordo | August Braak | 44 |
47 | Sub-Comissário | Werner Siemon | 27 |
48 | Assistente do Comissário | Hans Radtke | 26 |
49 | Assistente do Comissário | Hermann Fasting | 23 |
50 | Zahlm. Anwärter | Wilken Ranck | 21 |
51 | Prov.-Lagerm. | Otto Holze | 37 |
52 | 2. Supervisor | Friedrich Nöhle | 33 |
53 | 3. Supervisor | Bernhard Szymanski | 30 |
54 | Maestro | Otto Engel | 48 |
55 | Musico | Curt Giese | 34 |
56 | Musico | Arthur Klug | 36 |
57 | Musico | Reinhard Westphal | 44 |
58 | Babá | Hildegard Lange | 23 |
59 | vendedora | Lisheth Pölkow | 40 |
60 | Chefe de cozinha | Paul Gryphan | 43 |
61 | Assistente de cozinha | Bruno Kröger | 28 |
62 | 1. cozinheiro | Friedrich Schulz | 29 |
63 | 2. cozinheiro | Helmuth Eskuche | 37 |
64 | 2. cozinheiro | Kurt Brennecke | 26 |
65 | Mannschaftskoch | Ernst Trieloff | 33 |
66 | 3. Koch | Hermann Claus | 25 |
67 | 3.cozinheiro | Walter Halder | 24 |
68 | 3.cozinheiro | Heinrich Krebs | 30 |
69 | 3. cozinheiro | Werner Ruhig | 25 |
70 | 3.cozinheiro | Josef Schneider | 22 |
71 | 4.cozinheiro | Elek Rehberger | 20 |
72 | Kochsanwärter | Wolfgang Böhme | 19 |
73 | 1. padeiro | Gustav Kierum | 40 |
74 | 2.padeiro | Gerhard Golz | 19 |
75 | 1. Schlachter | Willi Lehmann | 28 |
76 | 2. “ | Friedrich Diller | 27 |
77 | 1.confeiteiro | Eduard Lause | 46 |
78 | 2.confeiteiro | Richard Mähringer | 25 |
79 | BäckerKochsmaat | Gerhard Langlotz | 23 |
80 | “ | Kurt Kretzschmar | 22 |
81 | “ | Wilhelm van Lünzen | 21 |
82 | “ | Paul Stolte | 20 |
83 | KonditorKochsmaat | Heinz Schulz | 28 |
84 | SchlachtKochsmaat | Helmut Bugner | 21 |
85 | “ | Alfred Hörst | 19 |
86 | “ | Rudolf Preuss | 18 |
87 | Küchenjunge | Gerhard Baun | 18 |
88 | “ | Erwin Dietrich | 17 |
89 | Obersteward | Max Kabst | 44 |
90 | “ | Hans Vollmers | 42 |
91 | Oberstew.-Asst. | Gustav Steckmeister | 32 |
92 | “ | Adolf Prawitt | 36 |
93 | Anrichtekoch | Hans Rock | 38 |
44 | “ | Eduard Tieste | 31 |
95 | Kaffeekoch | Arthur Gondeck | 26 |
96 | “ | Friedrich Hamer | 31 |
97 | Anrichtegehilfe | Wilhelm Patzke | 19 |
98 | “ | Karl Feller | 19 |
99 | Camareiro | Alfons Ahrens | 40 |
100 | Camareiro | Ewald Arndt | 30 |
101 | Camareiro | Gustav Bartels | 30 |
102 | Camareiro | Hildebert Baumeister | 29 |
103 | Camareiro | Armin Beer | 29 |
104 | Camareiro | Karl Behnke | 48 |
105 | Camareiro | Karl Behrmann | 28 |
106 | Camareiro | Max Bernatzki | 31 |
107 | Camareiro | Alwin Bösch | 29 |
108 | Camareiro | Wilhelm Brand | 34 |
109 | Camareiro | Gotthard Büchner | 26 |
110 | Camareiro | Erich Conrad | 37 |
111 | Camareiro | Wilhelm Depping | 32 |
112 | Camareiro | Max Drese | 53 |
113 | Camareiro | Kurt Drechsler | 36 |
114 | Camareiro | Ernst Freytag | 42 |
115 | Camareiro | Christoph Gefke | 35 |
116 | Camareiro | Ernst Gerstner | 33 |
117 | Camareiro | Robert Gödde | 33 |
118 | Camareiro | Karl Grützmacher | 36 |
119 | Camareiro | Erwin Grunwaldt | 32 |
120 | Camareiro | Ernst Gulde | 31 |
121 | Camareiro | Alfred Hamann | 46 |
122 | Camareiro | Gunter Harburg | 31 |
123 | Camareiro | Max Heller | 33 |
124 | Camareiro | Wilhelm Hoffmann | 34 |
125 | Camareiro | Heinz Hüttmann | 26 |
126 | Camareiro | Ernst Jacobsen | 29 |
127 | Camareiro | Albert Jäger | 32 |
128 | Camareiro | Georg Kerndlmeier | 29 |
129 | Camareiro | Arvid Klages | 19 |
130 | Camareiro | Heinz Klügling | 19 |
131 | Camareiro | Heinrich Knapp | 48 |
132 | Camareiro | Wolfgang Koch | 30 |
133 | Camareiro | Otto Kramper | 20 |
134 | Camareiro | Robert Kuchenbuchl | 39 |
135 | Camareiro | Hermann Lehmann | 36 |
136 | Camareiro | Heinrich Lück | 27 |
137 | Camareiro | Willi Luttich | 32 |
138 | Camareiro | Otto Mathi | 32 |
139 | Camareiro | Rudolf Meingast | 39 |
140 | Camareiro | Karl-Heinz Misfeld | 32 |
141 | Camareiro | Wilhelm Naumann | 33 |
142 | Camareiro | Erich Otto | 30 |
143 | Camareiro | Ernst Preug | 35 |
144 | Camareiro | Otto Reiss | 23 |
145 | Camareiro | Walter Rhinow | 20 |
146 | Camareiro | Ernst Rückert | 24 |
147 | Camareiro | Otto Rückert | 23 |
148 | Camareiro | Arthur Sagawe | 55 |
149 | Camareiro | Gerhard Sander | 20 |
150 | Camareiro | Paul Scheerer | 30 |
151 | Camareiro | Willi Schlote | 19 |
152 | Camareiro | Richard Schneider | 39 |
153 | Camareiro | Karl Scheel | 36 |
154 | Camareiro | Ernst Sereck | 45 |
155 | Camareiro | Erhard Sievers | 28 |
156 | Camareiro | Bernhard Steinsohn | 30 |
157 | Camareiro | Arthur Tiede | 35 |
158 | Camareiro | Otto Timm | 30 |
159 | Camareiro | Richard Ullrich | 40 |
160 | Camareiro | Bruno Vick | 28 |
161 | Camareiro | Karl Viktor | 35 |
162 | Camareiro | Wilhelm Wackerfuss | 41 |
163 | Camareiro | Ernst Walter | 30 |
164 | Camareiro | Friedrich Wienbrandt | 55 |
168 | Camareiro | Heinrich Wille | 40 |
166 | Camareiro | Friedrich Zittlosen | 28 |
167 | Chefe dos Camareiros | Paul-Herbert Krohndori | 18 |
168 | Camareiro dos Oficiais | Jenny Specht | 20 |
169 | Camareiro para Camareiro | Emil Kühl | 23 |
170 | Operador de Elevador | Otto Rachow | 52 |
171 | Messesteward | Rudolf Buchmann | 20 |
172 | “ | Josef Knoblauch | 30 |
173 | Aufwäscher | Horst Adamietz | 19 |
174 | “ | Georg Böldeke | 23 |
175 | “ | Horst Kühn | 19 |
176 | “ | Willi Groping | 24 |
177 | “ | Ernst Ficke | 23 |
178 | “ | Wilhelm Poppinger | 17 |
179 | “ | Hans Schiewelbein | 18 |
180 | “ | Richard Nitschke | 18 |
181 | Stewardsanwärter | Fritz Helgert | 19 |
182 | “ | Alfred Koppe | 18 |
183 | “ | Heinz Spoerl | 18 |
184 | “ | Rolf Stephan | 18 |
185 | “ | Heinz Szimkowski | 19 |
186 | Page | Hans Czonstke | 17 |
188 | Messejunge | Heinz Güllnitz | 17 |
189 | “ | Kurt Viol | 17 |
190 | Kajütsjunge | Horst Judes | 16 |
191 | Stewardsjunge | Werner Goerke | 17 |
192 | Stewardess | Trinchen Ehlerding | 124 |
193 | Stewardess | Hertha Förster | 26 |
194 | “ | Anna Grotegut | 27 |
135 | “ | Kathe Holst | 42 |
196 | “ | Kate Phig | 27 |
197 | 1. Barbeiro | Josef Riedl | 59 |
198 | Barbeiro assistente | Heinz Bohme | 25 |
199 | Barbeiro assistente | Egon Winter | 28 |
200 | Barbeiro assistente | Walter Zerwas | 27 |
201 | Waschmeister | Wang Shu Meh | 32 |
202 | Faxineiro | Ching Yin Fang | 41 |
203 | Faxineiro | Hsu Ngo Ching | 30 |
204 | Faxineiro | Lu No Ling | 27 |
205 | Faxineiro | Ju Yen Liang | 23 |
206 | Faxineiro | Van a Kung | 26 |
207 | Faxineiro | Foo Ngo Hsu | 24 |
Operadores de Máquina | |||
208 | Leitender Ing. | Gustav Heuck | 51 |
209 | 2. Engenheiro | Wilhelm Krey | 29 |
210 | 2.Engenheiro | Fritz Plump | 27 |
211 | 3. Engenheiro | Ernst Biihrke | 28 |
212 | 3. Engenheiro | Hans-Günter Ellerbrock | 29 |
213 | 3. Engenheiro | Willi Mahnke | 26 |
214 | 3. Engenheiro | Karl Matzke | 27 |
215 | 3. Engenheiro | John Quad | 29 |
216 | 3. Engenheiro | Werner Schulz | 34 |
217 | 1.eletricista | Walter Homann | 35 |
218 | 2.eletricista | Hans Dubber | 25 |
219 | Ingenieur.Asp. | Albert Berndt | 23 |
220 | “ | Paul Kirchhoff | 23 |
221 | “ | Heinz Kröpke | 21 |
222 | “ | Adolf Schumacher | 23 |
223 | “ | Heinz Steffens | 20 |
224 | “ | Georg Stumpfhaus | 28 |
225 | “ | Heinz Wittmaack | 21 |
226 | Almoxarife | Robert Schwidewsky | 20 |
227 | Kupfersdimied | Paul Helmers | 38 |
228 | Windenschlosser | Johannes Pöhler | 34 |
229 | Soldador | Werner Giebeler | 28 |
230 | Eletricista Assistente | Alfred Fisdier | 30 |
231 | torneiro | Otto Kühle gen. Uhde | 35 |
232 | Oherheizer | Karl Dorsner | 37 |
233 | “ | Hermann Hoop | 27 |
234 | “ | Martin Jess | 39 |
235 | foguista | Willy Bartz | 34 |
236 | foguista | Martin Henkes | 28 |
237 | foguista | Ferdinand Jagow | 51 |
238 | foguista | Wilhelm Kalina | 39 |
239 | foguista | Horst Knoff | 28 |
240 | foguista | Otto Mrosek | 38 |
241 | Trimmer | Walter Adam | 19 |
242 | “ | Albert Barth | 33 |
243 | “ | Arthur Ebert | 26 |
244 | “ | Karl Weger | 28 |
245 | “ | Oswald Winkler | 36 |
246 | Maschinen-Junge | Ernst Klein | 17 |
247 | “ | Heinrich Schopf | 17 |
Operadores de Radio: | |||
248 | 1. Oficial de Radio | John Lüers | 43 |
249 | 2.Oficial de Radio | Willi Leineweber | 25 |
250 | 3. Oficial de Radio | Heinrich Böckmann | 20 |
Sou professora de história, o que mim deixa impressionada é a história dos imigrantes aqui no Brasil, pois foram pessoas determinadas, dentre a lista encontrei o Walter Zerwas, assim como meu amado tio era barbeiro. Pena que atualmente não existe mais esta profissão como no século passado.
Dias atrás não me lembro bem, mais vi uma reportagem na Argentina em uma barbearia a moda antiga, é maravilhoso tudo me fez voltar a minha infância…
Sempre que há um documentário na Televisão sobre o navio WINDHUK procuro assistir pois se trata de uma parte de nossa história pois a tripulação que ficou aprisionada no nosso País escreveu com muito trabalho parte de nossa história.Parabéns pela publicação dos trabalhos refente ao navio WINDHUK.
É sempre muito bom ver essa história do Windhuk e da ligação do Brasil com a II GM ser revista. Gosto principalmente quando ex-tripulantes podem contar seus pontos de vista e suas experiências, dando abertura para que a história seja contada de forma mais humana. Pesquisei – academicamente – durante algum tempo esse tema. E ele continua me fascinando. Parabéns a equipe organizadora do site!
Sou neto do n. 185 da lista, Heinz Szimkowski.
Na verdade, seu nome era Heinz Rud Erwin Szimkowski e ele era garçom do Windhuk.
Quando a guerra acabou, foi libertado e ele dormiu alguns dias na Praça da Sé.
Teve uma vida ótima, trabalhou de vendedor, teve fábrica de chocolate, teve, enfim, uma vida confortável. Casou , teve um filho (meu pai) e quatro netos.
Faleceu em 2006, aos 86 anos.
Nunca esqueceu o que houve com a Alemanha e com sua família. Seu irmão morreu em um submarino.
Cheguei nesse site por estar tirando a nacionalidade alemã e estou com vários documentos dele, como carteira de motorista alemã (de 19 e bolinha e carimbada com a suástica), certidão de nascimento.
Muito bacana esse artigo.
Parabéns.
É muito lindo ver a História de todos da tripulação. Pude acompanhar com meu avô Heinz Steffens 🥰 Saudadessssss