Uma das heroínas polonesas da Segunda Guerra Mundial, Irena Sendler, que salvou a 2500 crianças judias do gueto de Varsóvia, faleceu nesta segunda-feira aos 98 anos.
“Faleceu hoje”, disse sua filha, Janina Zgrzembska, sem detalhar a morte da mulher que tinha prazer em recordar que a “educaram a segundo a crença de que se devem salvar as pessoas sem importar com a religião ou nacionalidade”.
Nascida em 1910, Irena Sendler foi uma anônima durante muitos anos para os poloneses.
O mesmo ocorreu com Oskar Schindler, que morreu pobre e anônimo, na Alemanha, só se tornando conhecido quando a história da salvação dos funcionários judeus de sua fábrica foi retratada no cinema por Steven Spielberg.
Somente em março de 2007 a Polônia lhe prestou uma homenagem solene e seu nome foi indicado ao prêmio Nobel da Paz.
Já, o memorial israelense do Holocausto, o Yad Vashem, lhe deu em 1965 o título de Justo entre Nações, destinado aos não-judeus que salvaram judeus.
Varsóvia
Assistente social, Irena Sendler trabalhava com famílias judias pobres de Varsóvia, antes da guerra, onde viviam 400 mil dos 3,5 milhões de judeus de toda a Polônia.
A partir do outono de 1940, correu muitos riscos ao repassar alimentos, roupas e medicamentos aos moradores do gueto instalado pelos nazistas.
No final do verão de 1942, Irena Sendler aderiu ao movimento de resistência Zegota, (Conselho de Ajuda aos Judeus).
A polonesa conseguiu retirar de maneira clandestina milhares de crianças do gueto e as escondia entre famílias católicas e conventos.
As crianças eram escondidas em maletas e retiradas por bombeiros ou em caminhões de lixo. Em alguns casos eram escondidas dentro dos abrigos de pessoas eram autorizadas a entrar no gueto.
Sendler foi presa em sua casa em 20 de outubro de 1943.
No período em que ficou presa no quartel-general da Gestapo, foi torturada e teve seus pés e pernas quebradas. Ainda assim, ela não deu informações. Em seguida, foi condenada à morte, porém milagrosamente foi salva a caminho da execução por um oficial alemão que a resistência polonesa conseguiu corromper.
Sendler seguiu em sua batalha clandestina sob uma nova identidade até o fim da guerra, trabalhando como supervisora de orfanatos e asilos em seu país.
Nunca se considerou uma heroína. “Continuo com a consciência pesada por ter feito tão pouco”, disse certa vez.
Por seu estado de saúde ser delicado, Irena Sendler não pôde participar da cerimônia que lhe homenageou em 2007, mas foi representada por uma sobrevivente, salva por ela em um gueto quando bebê, em 1942, para a leitura de uma carta em se nome.
“Convoco todas as pessoas generosas ao amor, à tolerância e à paz, não somente em tempos de guerra, mas também em tempos de paz”, escreveu.
Esta Senhora, é merecedora de um Premio Nobel.Esperamos, que, o Instituto Nobel, possa lhe conferir mesmo pós-mote, este premio pelo heroismo dela em favor da sobrevivencia de todas as crianças que ela conseguio salvar.O nome dela e sua historia deveria constar nos livros escolares do mundo inteiro, para que nossa juventude jamais seja corrompida por horrores como os que aconteceram na Alemanha Nazista.
Olá.
Estou fazendo uma pesquisa sobre poloneses na segunda guerra mundial e gostaria de saber detalhes, se possivel com imagens, sobre grupos de resistencia poloneses, como agiam, armamentos que usavam, onde agiam e como se vestiam.
Se puderem me ajudar ficarei grato.
Que olha lindo, lembra minha avó, e sua história lembra meu bisavô paterno que era oficial polonês, foi preso e com certeza iria ser morto juntamente com milhares de pessoas, mas ele possuía um alicate e luvas com a qual conseguiu cortar os fios energizados e escapar juntos com milhares de pessoas .
Aqui no Brasil, o que suas histórias fascinavam adultos e crianças escondidas escutavam também, atrocidades que até pareciam mentiras dele. Hoje as filmagens confirmam.
Se nós pesquisarmos, tem muitas histórias lindas e humanas.
Paulo Kuchlik SC
É conhecendo historias como de IRENA que acreditamos que o mundo ainda tem jeito.
Silvia figueiredo
Foi uma maravilha ter tido a possibilidade de ler alguns artigos sobre a vida desta heroína. Fico muito feliz pelas crianças judias que ela salvou, porque também são nossos irmãos. Sou católico mas respeito os judeus porque não são inferiores apenas têm uma religião diferente, com a mesma dignidade. Parabéns à sua família por ter criado uma verdadeira santa. Merecia o Prêmio Nobel. Mas a recompensa maior é a que já tem: o Céu.
Presto a minha homenagem a todos os que salvaram os inocentes perseguidos pelos criminosos nazis. Todos os “Justos entre as Nações” e também aqueles que ninguém sabe mas que também arriscaram a vida.