A teoria econômica nazista voltou-se aos assuntos domésticos imediatos e, em separado, com as concepções ideológicas da economia internacional.
A política econômica doméstica concentrou-se em três objetivos principais:
- Eliminação do desemprego
- Eliminação da hiperinflação
- Expansão da produção de bens de consumo para melhorar o nível de vida das classes média e baixa
Todos estes objetivos visavam contrariar aquilo que era visto como os defeitos da República de Weimar e para solidificar o apoio doméstico ao partido. Nisto, os nazistas foram bem sucedidos. Entre 1933 e 1936 o PIB alemão cresceu a uma taxa média anual de 9,5%, e a taxa de crescimento da indústria foi de 17,2%.
Alguns economistas afirmam que a expansão da economia alemã nesse período não foi resultado da ação do partido nazista, mas sim uma conseqüência das políticas econômicas dos últimos anos da República de Weimar que começaram então a ter efeito.
Porém, não existem dúvidas se a economia realmente cresceu ou se apenas se recuperou da depressão, visto que apesar de os salários na Alemanha nazista de 1939 serem um pouco menores do que os salários na Alemanha de 1929, a inflação controlada possibilitou um aumento incrível no valor da moeda. Um marco em 1929 valia muito menos do que um marco em 1939.
Tamanha expansão recuperou a economia alemã de uma profunda depressão e garantiu o fim do desemprego em menos de quatro anos. O consumo público durante este período cresceu 18,7%, e o consumo privado cresceu 3,6% anualmente.
No entanto, uma vez que a produção consumia mais que produzia (a criação de projetos de trabalho, a expansão da máquina de guerra, a iniciação do recrutamento para tirar homens em idade produtiva do mercado de trabalho), a inflação reapareceu, embora não chegassem a um nível comparável ao da República de Weimar.
As pressões econômicas unidas à máquina de guerra, acarinhada durante a expansão, levaram alguns críticos concluírem que essas razões eram o bastante para tornar a guerra européia inevitável. Sem uma nova guerra européia, que suportasse esta política econômica consumista e inflacionária, o programa econômico doméstico nazista era insustentável.
Isto não significa que as visões políticas tivessem tido menor peso nas razões para o estouro da Segunda Guerra Mundial. Significa que a economia foi e continua sendo um dos principais fatores que motivam qualquer sociedade irem para a guerra.
O partido nazista acreditava que uma cabala da banca internacional estava por trás da depressão global dos anos 30. O controle desta cabala foi atribuído aos judeus, o que foi outra fomentação à sua ideologia para o holocausto.
A existência de grandes organizações internacionais da banca e de banca mercantil era um fato. Muitas dessas instituições bancárias eram capazes de exercer pressões sobre os estados-nações com a extensão ou a retenção de créditos. Tal influência não se limita apenas aos pequenos estados que precederam a criação do Império Alemão enquanto estado-nação na década de 1870, mas estão presentes nas histórias de todas as potências européias desde 1500.
A concepção nazista da economia internacional era limitada. A principal motivação do partido era incorporar ao Reich recursos que anteriormente não faziam parte dele, pela força e não através do comércio. Isto transformou a teoria econômica internacional num fator de suporte da ideologia política ao invés de servir como uma trave mestra da plataforma política, como ocorre na maioria dos partidos políticos modernos.
Do ponto de vista econômico, o nazismo e o fascismo estão relacionados. O nazismo pode ser visto como um subconjunto do fascismo – todos os nazistas são fascistas, mas nem todos os fascistas são nazistas. O nazismo compartilha muitas características econômicas com o fascismo, com o controle governamental da finança e do investimento (através da atribuição de créditos).
Ao invés do estado requerer bens das empresas industriais e inserir nelas as matérias-primas necessárias à produção (como em sistemas socialistas/comunistas), o estado pagava por esses bens. Isto possibilitava que o preço tivesse um papel essencial no fornecimento de informações sobre a escassez dos materiais, ou nas principais necessidades em tecnologia e mão-de-obra (incluindo a educação de mão-de-obra qualificada) para a produção de bens. Além disso, o papel que os sindicatos deviam desempenhar nas relações de trabalho nas empresas era outro ponto de proximidade entre fascismo e nazismo. Assim como o partido fascista italiano, o partido nazista alemão teve seu início ligado ao sindicalismo, e ambos encaravam o controle estatal como forma de eliminar o conflito nas relações laborais.