A incidência altíssima de gêmeos numa pequena cidade do Rio Grande do Sul poderia ser resultado de experiências genéticas feitas por Josef Mengele, o chamado “Anjo da Morte”.
No livro “Mengele: El Ángel de la Muerte en Sudamérica” – Mengele: o Anjo da Morte na América do Sul – do jornalista argentino Jorge Camarasa, a incidência de gêmeos na população de Cândido Godói, próxima à fronteira com a Argentina, deu início após 1963, época da suposta passagem de Mengele pela região.
Tendo uma população de pouco menos de 7 mil habitantes, Cândido Godói possui mais de 100 pares de gêmeos idênticos. A taxa de natalidade de gêmeos idênticos na cidade é de 1 em cada 5 partos. A média mundial é 1 para cada 85 partos.
O fenômeno vem sendo estudado há vários anos pelos cientistas, mas ainda não se obteve uma tese definitiva que explique a alta proporção de gêmeos na cidade gaúcha colonizada por alemães.
Experimentos genéticos
Mengele, que durante a Segunda Guerra Mundial ficou famoso por seus experimentos genéticos, muitos deles com gêmeos, entre os prisioneiros de Auschwitz, viveu escondido na América do Sul após o término da guerra e morreu afogado em Bertioga, no litoral de São Paulo em 1979.
Segundo Camarasa, a coincidência entre a passagem de Mengele por Cândido Godói em 1963 e o início do “estouro” de gêmeos na cidade indicaria que o médico alemão continuou suas experiências após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Moradores mais antigos de Cândido Godói relembram a passagem do médico, sob a identidade falsa de Rudolph Weiss, pela cidade.
De acordo com o relato dos moradores a Camarasa, Mengele ganhou a confiança dos moradores ao se apresentar como veterinário e prestar atendimentos aos animais da cooperativa de agricultores da cidade, antes de iniciar o tratamento dos habitantes de Cândido Godói.
O livro do jornalista argentino afirma também que um ex-prefeito e médico da cidade, Anencir Flores da Silva, fez pesquisas e entrevistou centenas de moradores a fim de descobrir a razão da grande taxa de nascimentos de gêmeos.
Flores da Silva recebeu depoimentos de pessoas tratadas por Mengele onde afirmavam que o médico alemão “cuidava de mulheres com varizes e dava a elas uma poção que ele levava numa garrafa, ou pílulas que ele trazia com ele”.
O livro de Camarasa relata a fuga de Mengele para uma colônia nazista na Argentina nos anos 50, suas ligações com o então presidente Juan Perón, assim como, sua posterior fuga ao Paraguai nos anos 60, após a prisão em Buenos Aires de outro criminoso nazista, Adolf Eichman. Conta também a sua passagem pelo Brasil, onde morou em diversas cidades, com a ajuda de um casal alemão, até sua morte em Bertioga.
Um outro livro muito interessante que fala sobre Mengele, e suas andanças pelo Brasil é o:
Renascimento da suástica no Brasil de Erich Erdstein.
Segundo o livro o proprio Erich teria matado menguele quando o mesmo tentava fugir para o Paraguai…
O judeu Erich Erdstein é um conhecídissimo escroque internacional. Quem leu o livro, favor fazer uma pequena crítica interna. De cara já vai perceber que o tal livro é um amontoado de mentiras sem nexo. Aliás, como todos sabem, o Dr. Mengele morreu no litoral paulista, e não assassinado pelo tal Erdstein, como ele afirma em seu livro.
Acabo de ler o livro, e minha conclusão é a mesma do Adriano. Embora o autor tenha utilizado nomes verdadeiros , as aventuras descritas, bem como, o envolvimento dos citados com um possível renascimento do nazismo no Brasil, não tem crédito algum.
Ele realmente esteve nas cidades que descreve, mas o resto é pura imaginação.