Em 27 de Fevereiro de 1933 o parlamento alemão, o Reichstag foi incendiado. O acusado foi um jovem holandês de 24 anos; Marinus van der Lubbe. Sua confissão foi conseguida após torturas imposta pela Gestapo. As autoridades alemãs então afirmaram que tal atentado estava ligado a uma conspiração comunista. Embora o jovem holandês tenha negado essa ligação, Hermann Goering ordenou a prisão de vários líderes do Partido Comunista Alemão (KPD).
Adolf Hitler interpretou o incêndio como um sinal divino, e expressou tal euforia ao dizer para um jornalista: “Você está a testemunhar o início de uma grande época da história alemã! Este incêndio é o começo.” Após visitar o parlamento e conferido os danos causados pelo incêndio, se reuniu com seu círculo de autoridades e disse: “O povo alemão tem sido pacífico já há tempo demais. Todos os representantes comunistas têm de ser mortos. Todos os deputados comunistas têm de ser detidos ainda esta noite. Todos os amigos dos comunistas têm de ser presos. E isto também se aplica aos Sociais-democratas e ao Reichsbanner!”
A mando de Hitler e Goebbels a imprensa fez a cobertura jornalística do incêndio e promoveu mensagens contra os comunistas. E seguindo os conselhos do futuro Führer, o presidente von Hindenburg declarou estado de emergência e autorizou o decreto que permitiu limitar a liberdade de imprensa e de expressão.
Assim, as SA e as SS desataram a perseguição aos comunistas nos locais de reunião e nas respectivas residências. Milhares de comunistas, Sociais-democratas e liberais foram presos, maltratados e torturados. Foram banidas todas as atividades políticas, encontros e publicações dos partidos de oposição ao NASDAP, assim como o decreto que proibia qualquer manifestação antinazismo.
Os jornais disseminaram provas forjadas da conspiração comunista e afirmaram que apenas Hitler e os nazistas seriam capazes de evitar que o comunismo assumisse o poder. Além dos jornais, Joseph Goebbels controlava o rádio que passou a propagar o nazismo por toda a Alemanha, assim como todos os discursos feitos por Adolf Hitler.
Além do holandês, a polícia alemã acusou outros quatro comunistas de cumplicidade no ato de incendiar o Reichstag. Entre eles, o presidente do KPD e Georgi Dimitrov do Comintern Soviético (antes conhecido por Internacional Comunista).
Marinus van der Lubbe, o jovem holandês foi sentenciado e executado em 10 de Janeiro de 1934. Os demais acusados foram absolvidos, tendo Hitler decidido que os futuros casos de traição não seriam mais julgados pelo Tribunal Supremo, mas por um Tribunal do Popular cujos membros pertenceriam ao Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP).
Por diversos anos, fora da Alemanha acreditou-se que o incêndio no Reichstag fora provocado pelos próprios nazistas como uma manobra de propaganda que os favorece na luta contra os comunistas e demais partidos de esquerda. Porém, provas posteriores demonstraram que foi Marinus van der Lubbe provocou o incêndio sozinho, e Hitler aproveitou o ensejo e lançou a campanha contra os comunistas.