Dentre os aviões utilizados no teatro de guerra do Oceano Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial, o Zero figura entre os principais, tendo dominado os céus nos primeiros anos do conflito no Pacífico. O caça Zero foi o primeiro caça baseado em porta-aviões de igual desempenho aos demais caças baseados em terra. Destacava-se pela autonomia, velocidade e performance em manobras incomparáveis a qualquer outro caça que o tenha enfrentado no início do conflito.
Desenvolvido pela Mitsubishi e projetado por Jiro Horikoshi, atendendo a severas exigências da Marinha Imperial Japonesa, o A6M-2 possuía motor Nakajima NK1C Sakae 12, que geravam 925 cavalos de potência e impingiam ao avião uma velocidade de até 510 km/h, tendo recebido motores mais potentes em versões posteriores. Media 9 metros de comprimento e 12 metros de envergadura e pesava 2410 kg, quando totalmente armado e abastecido. Oferecia autonomia de até 3110 quilômetros (se utilizados os tanques descartáveis) e alcançava 10.300 metros de altitude. Portava um arsenal composto por duas metralhadoras de 7.7 mm, dois canhões de 20 mm e 60 quilos de bombas.
Em operação, o Zero manobrava em reduzido raio de curva com agilidade devido a sua escassa blindagem e fuselagem composta por T-7178, uma liga de alumínio, que lhe proporcionava menor peso. Em contrapartida, sua frágil blindagem o tornava extremamente vulnerável ao fogo inimigo.
O batismo de fogo do Zero fora em julho de 1940, na Segunda Guerra Sino-Japonesa, antes mesmo de concluídos os testes oficiais, operando, logo em seguida, no ataque à frota naval americana em Pearl Harbor, em dezembro de 1941. No decorrer da guerra, os Aliados empregaram táticas de combate aéreo em grupo que lhes deram a supremacia aérea no Oceano Pacífico e, com novos aparelhos desenvolvidos pelos Estados Unidos, o A6M Zero tornou-se obsoleto e perdeu sua eficiência frente ao F4U Corsair, F6F HellCat e P-38 Lightning.
Por Leandro Guedes
Boa tarde! Ricardo também? Não sou um estudioso de viaturas bélicas…mas gosto do assunto como se já vivera nesta época, tanto que adoro toda foto de viaturas, aeronaves, etc. Tenho um jeep Willys 1948 na garagem de casa e o parabenizo pelo feliz comentário a respeito do M. Zero, uma Ferrari sobre asas…e na minha opinião…um dos melhores aviões do seu tempo (com ressalvas a modernidade dos concorrentes), um verdadeiro cadilac dos Céus…abraço.