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Ex-Nazistas e Fidel Castro Tiveram Parceria Militar, Segundo Documentos Alemães

Documentos do serviço de inteligência alemão dizem que Fidel Castro contratou ex-nazistas para treinar o exército de cuba durante o episódio conhecido como a Crise dos Mísseis, entre os Estados Unidos e a União Soviética, em outubro de 1962.
Segundo o relatório, com base em documentos confidenciais recém-divulgados, o presidente cubano contratou 4 ex-oficiais da SS, que embarcariam rumo a Cuba no dia 25 de outubro de 1962 para treinar tropas na ilha.

Posteriormente, foi relatado que apenas dois oficiais chegaram ao país.

“Foram oferecidos o equivalente a mil marcos alemães por mês, em moeda cubana, e mais mil marcos alemães por mês, na cotação desejada, em uma conta de um banco na Europa, como pagamento”, declara o documento que não traz, no entanto, provas a respeito da suposta ligação de Fidel Castro com ex-nazistas.

Bodo Hechelhammer, coordenador de pesquisa do serviço de inteligência, diz que Fidel buscava formas alternativas para proteger Cuba, que não fossem ligadas aos soviéticos.

“Obviamente, o exército revolucionário cubano mostrou não ter medo de estabelecer contato com pessoas de passado nazista, quando isto era útil para a própria causa”, argumenta Hechelhammer com base nas informações dos documentos.

A Crise dos Mísseis de Cuba, no auge da Guerra Fria, fez 50 anos dia 14 de Outubro. Na época, Estados Unidos e a União Soviética estiveram à beira de um conflito nuclear.

A ideia de guerra somente foi afastada quando os soviéticos retiraram os mísseis de Cuba e os estadunidenses fizeram o mesmo com armamentos similares na Europa.

O impasse, que durou 13 dias, resultou em um bloqueio a Cuba imposto por Washington e um abalo nas relações entre Cuba e União Soviética.

Fidel Castro, na ocasião, ficou descontente com a forma com que os comunistas russos enfrentaram a crise.

O documento alemão diz ainda que o líder cubano se aproximou de dois traficantes de armas ligados a extrema direita alemã para comprar pistolas de fabricação belga.

De acordo com os arquivos do serviço secreto alemão, o político alemão, Ernst-Wilhelm Springer, e o ex-oficial da Wehrmacht (as forças armadas nazistas), Otto Ernst Remer, vendiam armas internacionalmente e, mesmo pertencendo a um grupo de extrema direita, teriam sido contatados pelo comunista cubano, que buscava formas alternativas de armar o seu Exército.

Sobre Andre Almeida

Ex-militar do exército, psicólogo e desenvolvedor na área de TI.Sou um entusiasta acerca da Segunda Guerra Mundial e criei o site em 2008, sob a expectativa de ilustrar que todo evento humano possui algo a ser refletido e aprendido.

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