Quando o Brasil começou a ter seus navios mercantes torpedeados pelos alemães, a população começou a revoltar-se, e principalmente as mulheres, que não podiam suportar tal ofensa.
As mulheres brasileiras jamais se furtaram à sua obrigação, ao seu dever patriótico de defender a sua Pátria. Imbuídas desse espírito de patriotismo, procuraram encontrar uma forma de atender a esse chamamento e a maneira encontrada foi preparando-se para tratarem os futuros feridos.
As Escolas de Enfermagem encheram-se de jovens candidatas a enfermeiras. Como não havia tempo hábil para formar enfermeiras profissionais, cujo curso tinha a duração de 3 anos, foram criados dois outros cursos: de Samaritanas, que era um Supletivo de Enfermagem com a duração de um ano letivo, e o de Voluntárias Socorristas, com 3 meses de treinamento.
O número de enfermeiras profissionais era muito pequeno, assim, resolveram aceitar qualquer diploma de curso de Enfermagem, fosse o de profissional, cuja duração, como disse, era de 3 anos, o de Samaritana, de 1 ano letivo, ou o de Voluntária Socorrista, de 3 meses.
Uma vez apresentado o diploma de habilitação ao atendimento ao doente, qualquer que fosse o grau, no Curso que seria ministrado, no Exército seria feitas a seleção e o aperfeiçoamento, específicos para a guerra.
O Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEEREX) foi ministrado em sua maioria com integrantes desses dois cursos, e a FEB contou apenas com 6 enfermeiras profissionais.
Uma vez elaboradas as leis de convocação, teve início o recrutamento. Naqueles idos de 1940, havia uma carência muito grande de Enfermeiras Profissionais (como eram chamadas as atuais Enfermeiras de Alto Padrão).
Certo dia, os estadunidenses se dirigiram General Souza Ferreira perguntando: “E as suas enfermeiras?”, e o General respondeu: “Não temos”. Os estadunidenses se mostraram surpresos e disseram que nós teríamos que ter as nossas próprias enfermeiras, pois as deles estavam já muito cansadas e, além do mais, não falavam a nossa língua. Partindo dessa pressão dos estadunidenses foi que nossas autoridades se movimentaram no sentido de organizar uma equipe de enfermeiras. Face a essa situação é que foi criado o Corpo de Oficiais Enfermeiras do Exército.
Criação do Quadro de Enfermeiras
O Quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército foi criado pela Lei que, a seguir, é transcrita:
1943 – Criação do Quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército
Decreto-lei Nº 6.0971 de 13 de dezembro de 1943
D.O. Nº 290, de 15 de dezembro de 1943
Boletim do Exército Nº 51, de 13 de dezembro de 1943, p. 4.478
1943 – Aprova o Regulamento para o Quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército Decreto nº 1.427, de 13 de dezembro de 1943
D.O. Nº 290, de 15 de dezembro de 1943
Boletim do Exército Nº 51, de 18 de dezembro de 1943
1944 – Aprovado Instruções para o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército
Portaria nº 5.855, de 3 de janeiro de 1944
D.O. Nº 2,de 4 de janeiro de 1944
Boletim do Exército Nº 2.S/1, de 8 de janeiro de 1944
Dispõe sobre a Situação Militar das Enfermeiras, Quanto a Círculo Local de Refeições, Recompensas e Sanções
Portaria nº 272, de 10 de maio de 1944
D.O. Nº 108, de 12 de maio de 1944
Boletim do Exército Nº 20, de 13 de maio de 1944
Declara Inteiramente Aplicável às Enfermeiras Convocadas que fizeram parte da FEB os artigos 32 e 37 e as letras b, c e d, dos art. 38 e seus parágrafos da Portaria nº 64.599, de 23 de maio de 1944 e dá outras providências.
Aviso nº 1.495, de 26 de junho de 1944
D.O. Nº 131, de 8 de junho de 1944
Boletim do Exército Nº 24, de 30 de junho de 1944
Eleva os Vencimentos das Enfermeiras da Reserva do Exército Convocadas
Decreto Lei nº 6.716, de 20 de junho de 1944
D.O. Nº 169, de 22 de junho de 1944
Boletim do Exército Nº 31, de 29 de Junho de 1944
Define a Subordinação das Enfermeiras Convocadas
Aviso nº 1.665, de 22 de junho de 1944
Boletim do Exército Nº 27, de 1º de julho de 1944