A última ofensiva contra o Japão

Dias após o bombardeio a Hiroshima e a Nagasaki outra cidade foi bombardeada em 14 de Agosto de 1945, contradizendo a história oficial da Segunda Guerra Mundial que afirma que esta terminou com o lançamento das duas bombas atômicas sobre o Japão.

Os Estados Unidos utilizou tal estória para desviar o foco principal do objetivo do uso das bombas atômicas. Num ato que nada o diferenciou dos Nazistas, acusados de matar milhões de Judeus, o país do Tio Sam quis nada mais que demonstrar seu poderio aos Soviéticos. O governo estadunidense já tinha noção de que após a guerra a União Soviética seria a ameaça aos interesses de dominação mundial.

Após o ano de 1985, o Governo estadunidense desclassificou documentos militares onde registram que seis dias depois do bombardeamento atômico em Nagasaki outra cidade foi bombardeada pela Força Aérea estadunidense. Fato também foi confirmado por manuscritos descobertos.

O Japão já tinha decidido continuar o combate sozinho e foi esta última missão que convenceu os líderes militares japoneses a assinar a rendição. E a explicação é simples: O alvo bombardeado nesta missão foi a última refinaria de petróleo em funcionamento no Japão.

Nos últimos meses da guerra, as forças japonesas estavam quase que toda paralisada devida a falta de combustível. Assim, o alvo foi a última refinaria a funcionar no Japão: a refinaria de petróleo Nippon em Tsuchizaki perto de Akita, mais de 480 Km a norte de Tóquio na Costa Ocidental do Japão. O governo dos Estados Unidos previa que ao parar a produção de petróleo, era certa a rendição japonesa, o que evitaria a invasão na ilha principal japonesa.

A missão foi realizada por 1300 homens e 134 aviões B29’s vindos da base de Guam numa ilha do Pacífico (Ilhas Marianas) e pelo 315º Grupo de Bombardeiros.

Os japoneses não acreditavam que a refinaria de Tsuchizaki pudesse ser atacada a partir das bases americanas de Guam devido à longa distância. Estavam errados, após 8 horas no ar (era meia-noite), os aviões chegaram ao alvo, atacaram e a missão foi um sucesso, provocando 95% de estragos na refinaria.

Por volta das 9 horas da manhã, o Presidente Truman anuncia que o governo japonês tinha aceitado as condições para a rendição e que a guerra havia terminado. Joe Nau, co-piloto do B-29 For the Luvva Mike, escreveu num manuscrito: “Cinco minutos depois de aterrarmos às nove horas, ouvimos o anúncio do Presidente Truman do fim da Segunda Guerra Mundial, e por muito cansados que os companheiros estivessem, eles dançaram e saltaram por todo o lado dando pancadas nas costas de cada um.”

Nota: O texto é uma discussão sobre a história oficial, baseadas no livro “A ULTIMA MISSÃO: A HISTORIA SECRETA DA BATALHA FINAL DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL” do historiador Jim B. Smith.

Andre Almeida

Ex-militar do exército, psicólogo e desenvolvedor na área de TI.Sou um entusiasta acerca da Segunda Guerra Mundial e criei o site em 2008, sob a expectativa de ilustrar que todo evento humano possui algo a ser refletido e aprendido.

Veja também

Lutas esquecidas #9: Duelo entre USS Buckley e o U-66

A Batalha do Atlântico foi travada com algumas das mais novas tecnologias, no entanto, em …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *