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O Bombardeio Japonês nos Estados Unidos

Em resposta ao bombardeio estadunidense em Tóquio em abril de 1942 pelos B-25 do Tenente-Coronel de Doolittle, o piloto da Marinha Imperial japonesa Nobuo Fujita, elaborou um plano de represália à provocação inimiga, esse plano era um pouco arriscado e um tanto que pitoresco. O plano era bombardear o canal do Panamá.

Em julho de 1942 foi convocada uma reunião no quartel general da marinha, reunião essa presidida pelo príncipe Takamatsu. Seu plano tinha sido aceito em partes, iriam sim bombardear, mas não o canal do Panamá e sim o coração norte americano. Foi em uma manha nublada de 1942 que o submarino I-25 emergiu a 80 km da corte norte americana no Pacifico.

A tripulação montou uma rampa de decolagem sobre o convés do submarino para o lançamento de um hidroavião Yokosuda E14Y, que estava dobrado em um hangar da embarcação, essa manobra levou em media uma hora. Fujita decolou com seis bombas incendiarias de 76 kg e uma metralhadora calibre 7,7 mm para sua defesa, acompanhando Fujita esta o observador Shoji Okuda.

O avião tinha autonomia de 5 horas de vôo e voava a uma velocidade de 135 km/h. Naquela manha Fujita sobrevoou o parque nacional do monte Emily em Oregon, sem ser percebido, pois estava nublado e ele esteve na maior parte do tempo sobre as nuvens, foi ali que despejou sua carga de 520 bolas incendiarias sobre a floresta, como havia chovido as chamas não se propagaram e as poucas que podia se ver foram extintas pela umidade, Fujita voltou para ao mar junto ao submarino sem maiores problemas.

No dia 29, à noite, foi repetida o bombardeio, mas também não teve sucesso. Após duas tentativas falhas, o I-25 partiu para outras missões.

Nobuo Fujita

Fujita ainda sobrevoou algumas outras praias em reconhecimento, são elas: Sydney, Melbourne e Auckland, No fim da guerra estavam ocupando a posição de instrutor de kamikazes, com o fim da guerra entrou para reserva, e ganhou a vida como vendedor de metais.

Anos depois do aventureiro ataque, Fujita recebeu o convite amigável para conhecer a cidade onde bombardeara. Nessa viagem levou junto com ele sua espada, a mesma que o acompanhara durante a guerra em sua cabine, aparentemente pensou em ser julgado como criminoso de guerra pelos americanos. Mas os moradores ao contrario do que pensava Fujita, o trataram muito bem, inclusive o tornando como cidadão honorário, para os moradores ele fazia parte das poucas historias da pequena cidade.

Em paz com seu passado, o piloto japonês voltou varias vezes a cidade de Brookings, em uma dessas visitas chegou a sobrevoar a área que atacara e também plantou uma arvore em um dos buracos de uma bomba que soltara.

Fujita faleceu em 1997 e parte de suas cinzas foram enterradas nessa floresta.

Fonte: Coleção 70º Aniversário da II Guerra Mundial – Nº15

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Sobre Ricardo Lavecchia

Desenhista, Ilustrador e pesquisador sobre a Segunda Guerra Mundial

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3 comentários

  1. BECKENBAUER GOMES DA FONSECA

    JÁ LÍ DIVERSOS ARTIGOS RELACIONADOS AO TÊMA : SEGUNDA GRANDE GUERRA MUNDIAL!MAIS HOJE RECEBÍ UM PRESENTE DO AMIGO RICARDO E TOU CONHECENDO O MELHOR SITE QUE JÁ VÍ ,COMPLETÍSSIMO”SEM RASGAÇÃO DE SEDA!”INDIQUEM AOS SEUS AMIGOS E PODEM TER CERTEZA : VÃO AGARDEÇER DEPOIS! DEUS OS ABENÇOE RICAMENTE! UM VIVA AOS NOSSOS HÉROIS BRASILIANOS DA FEB.ABRAÇÃO!

  2. Sinceramente! Até hoje me considerava uma pessoa bem informada, principalmente a respeito da segunda Guerra. Todas as informações que tinha sobre o assunto, é que o solo continental americano, jamais fora atacado, seja por japoneses ou alemães.
    Vivendo e aprendendo.
    Respondam se puder, o mais interessante: Porque o Governo japonês não manteve Nobuo Fujita, na força aérea, ou que o tenha agraciado com uma dessas medalhas de honra? Já os americanos o trataram com simpatia. Só faltava essa!
    Obrigado pelas informações.

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