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O Dia D – A Overlord perto de Acontecer

overlordNo dia 6 de junho, as prévias meteorológicas se confirmaram. O Dia D amanheceu com ventos leves e massas de nuvens a grande altitude. Tais fatores proporcionavam condições favoráveis às operações aerotransportadas e também ao bombardeio que antecederia o desembarque.

E conforme o próprio Eisenhower escreveu mais tarde:

“A decisão de lançar um assalto no momento em que o tempo estava tão instável, gerou em grande parte a surpresa que buscávamos. O inimigo havia concluído que qualquer expedição pelo canal seria impossível enquanto as ondas fossem tão altas, e, com suas instalações de radar inutilizadas por nossos ataques aéreos, sua evidente falta de preparo para nossa chegada compensou as dificuldades que suportamos. O tempo não foi a única circunstância que acompanhou os desembarques aliados… Aparentemente, o inimigo se cobriu de convicção que somente faríamos o desembarque sob a lua nova e maré alta, e que, ao escolher o local do assalto principal, optaríamos pelas imediações de um bom porto, fugindo das rochas e das águas perigosas, de baixa profundidade. Porém, atacamos pouco antes da maré baixa e com lua cheia; desembarcamos distantes dos portos principais e, em determinados lugares, sob encostas inesperadas, e as águas, pelas quais seguíamos à costa, eram tão cheia de recifes e tinham correntes tão fortes que os técnicos navais alemães haviam catalogado anteriormente como impossíveis para unidades de desembarques”.

O Dia D, na verdade, dependia completamente das marés. O ciclo lunar permitia seis dias favoráveis no mês para uma operação semelhante. Os três primeiros desses seis dias eram 5, 6 e 7 de junho. Se o mau tempo barrasse a operação nesses três dias, a invasão se adiaria por duas semanas. Se, piorando a situação, novamente o mau tempo impedisse no outro período, a invasão seria retardada até o mês de julho. Seriam 28 dias, nos quais o comando Aliado teria de conservar um segredo conhecido por mais de 140.000 homens.

Logo, todas as tropas estavam inteiradas da operação, estas deveriam permanecer isoladas e incomunicáveis por quase um mês… A escolha do Dia D estava limitada aos seis dias possíveis, pois somente nesse período se satisfaziam as necessidades de luz ao amanhecer e maré favorável. A Marinha e a Aviação insistiram acerca da necessidade imprescindível de trabalhar com luz natural suficiente para proceder ao bombardeio prévio. O Exército sustentava a necessidade de aproximar-se da costa acobertado pelas sombras e realizar o desembarque sob as primeiras luzes do amanhecer.

No final ficou estabelecido que o Exército cedesse em sua exigência de obscuridade, e aceitava estabelecer a Hora H 30 minutos após o amanhecer. Com referência às marés, o Exército insistiu e viu a sua posição aprovada, o que, não podia ser de outra maneira.

Para chegar a terra com baixo volume de perdas, seria preciso desembarcar com a maré alta, e então encurtar a distância dos barrancos.

Um inconveniente se opunha a esta solução: as defesas colocadas nas praias pelos homens de Rommel. A solução veio com a decisão de realizar o assalto quando a maré crescente atingisse a linha de obstáculos, proporcionando aos sapadores 30 minutos para limpar os canais de acesso, antes que a maré subisse demais. As levas subseqüentes de assalto seguiriam sobre maré crescente, se aproximando dos barrancos pelos canais livres de obstáculos.

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Tropas Canadenses embarcando rumo a invasão

No dia 5 de junho, véspera do Dia D, as forças de assalto da invasão partiram dos portos do sul da Inglaterra, onde previamente estavam concentradas. As forças estadunidenses partiram do sudoeste, e as forças britânico-canadenses do sudeste.

O encontro ocorreu na chamada Zona Z, a uns 21 km ao sul da ilha de Wight. Desse ponto, as cinco forças de assalto seguiram em linha reta para a França.

Sobre Andre Almeida

Ex-militar do exército, psicólogo e desenvolvedor na área de TI.Sou um entusiasta acerca da Segunda Guerra Mundial e criei o site em 2008, sob a expectativa de ilustrar que todo evento humano possui algo a ser refletido e aprendido.

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