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O Perfil Emocional de Adolf Hitler em Relação às Mulheres e Sexo – Hitler não era Gay

Palavras do Médico de Hitler

Ficou estabelecido, há muito tempo, que os jornalistas são produtos de um momento. Seria de esperar que eles descrevessem apenas o que vissem. Mas a verdade é que eles têm que ver não só o que lhes passa sob os olhos, como também aquilo que lhes é imposto pelos que mandam sem o que não terão permissão para continuar a dar notícias. Numa época de grandes reportagens, os interesses em entrechoque são tão grandes e tais, que os relatórios dos correspondentes têm que ser, necessariamente, deformados não só pela vontade de seus chefes, como também pelas naturais e inevitáveis limitações da visão humana.

Hitler devia estar se portando muito bem, na ocasião em que foi entrevistado pelo famoso John Gunther, um dos que mais admiro entre os cinco ou seis maiores jornalistas de nosso tempo. Abri o seu Inside Europe com um sentimento de fervorosa curiosidade, porque, apesar de exilado, aquela era ainda a minha Europa. Podeis, portanto, imaginar o meu aturdimento ao ler, nesse admirável repositório de acontecimentos contemporâneos, a afirmação de que “ele (Hitler) não manifesta o menor in­teresse pelas mulheres sob o ponto de vista sexual”.

“Seria possível que Gunther tivesse se encontrado com Hlitler em uma igreja?” — perguntei a mim mesmo. E, subitamente, me lembre de que meu antigo paciente não comparece mais a ofícios religiosos.

“A vida de nosso povo precisa libertar-se dessa peste asfixiante, representada pelo erotismo moderno” — na sentença do Fuhrer, transcrita do Mein Kampf  por Gunther como a mais perfeita caracterização da visão de Hitler em relação ao sexo. Mas, que diz ele a respeito das passagens nitidamente eróticas existentes no mesmo livro donde extraiu aquela?

 “A sua vida privada — continua Gunther — corporifica integralmente aquele seu conceito. Ele não odeia mulher, mas evita e foge das mulheres. Suas maneiras semelhantes às dos antigos cavaleiros que apenas beijam a mão de sua amada e… nada mais. Muitas mulheres sentem-se sexualmente atraídas por ele, mas são forçadas a desistir do intento. A sra. Goebbels, noutros tempos, promovia reuniões noturnas para as quais convidava lindas e distintas mulheres, que desejavam conhece-lo.  Mas, apesar disso, Hitler continuou solteiro. Chegou a correr o boato de que o Fuehrer estava noivo da neta de Richard Wagner. Simples absurdo. É perfeitamente possível que Hitler, em toda a sua vida, jamais se tenha preocupado com as mulheres”.

Isso tudo foi dito a respeito de um homem foi fotografado em companhia de maior número de mulheres do que o próprio Clark Gable. Mas continuemos a ditar o que relata John. Ele é muito interessante, embora nem sempre se mostre bem informado.

“Nem tampouco, como está tão disseminado, ele é homossexual. Vários jornalistas alemães gastaram muito tempo e energia, vasculhando todos os lugares onde, em seus dias de Munich, Hitler havia dormido. Entrevistaram proprietários de cervejarias, empregados de cafés, donas de hospedarias e porteiros. Nenhuma prova conseguiram de que Hitler tivesse tido intimidade com qualquer pessoa, de qualquer sexo, em qualquer ocasião. Sua energia sexual, no princípio de sua carreira, foi evi­dentemente sublimada através da oratória. A influência de sua mãe e o ambiente de sua infância contribuíram, notavelmente, para isso. A maior parte dos escritores e observadores alemães, os mais bem informados, acreditam que Hitler seja um homem virgem”.

Teria sido muito mais interessante que o autor ti­vesse escrito: virgem bem-aventurado. Pois será possível que John Gunther não tivesse ouvido falar do namoro de Hitler, durante vários anos, com sua sobrinha Grete Raubal, namoro que terminou escandalosamente com o suicídio dessa moça? Ou do fracassado noivado de Hitler com a irmã de seu velho amigo Dr. Ernst (Putzi) Han-fstaegl? A ignorância desses fatos poderia ser conside­rada possível se Gunther não tivesse deixado claro, atra­vés de muitas citações feitas no seu livro, que havia lido inteiramente a biografia de Konrad Heiden. A mais acei­tável resposta a tudo isso é, portanto, admitir que Gun­ther, tendo gozado o privilégio de entrevistar o Fuehrer, tenha planejado gozá-lo, pelo menos, uma vez mais.

“Mas Adolf não é um homossexual, como acontece à maior parte dos alemães”.

Violeta Humana

“Sempre que penso em Hitler, — escreve Windham Lewis no seu livro The Hitler Cult (1939) — vem-me à ideia uma flor: a violeta.   Isso pode parecer absurdo. E, no entanto, ele é como que uma violeta humana. Sua timidez é um sentimento incontestável.   Hitler é quase um monstro de acanhamento.   E, para compreender o descaramento e desenvoltura de minha estranha violeta (uma vez que ele se lança para frente com tanto ím­peto e rudeza, como se fosse um girassol ou cousa seme­lhante, absorvendo a atenção do mundo através de sua luta por um “lugar ao sol”) é necessário que se dê uma explicação: ele é uma violeta paranoica! Na verdade, uma estranha variedade dessa  flor.  É um   homem   original essa nova Joana d’Arc masculina”.   Mas, temendo  que o leitor seja levado à conclusão de que a nossa violeta não é, de fato, um homem, o seu biógrafo Lewis acrescenta adiante: “Mas Adolf não é um homossexual, como acontece à maior parte dos alemães”.

Em que elementos se baseou Lewis para condenar a maior parte dos alemães, atribuindo-lhes a homossexualidade, ao mesmo tempo que exclui Herr Hitler, não foi por ele divulgado. Lewis, ao que parece, pertence a essa espécie de jornalistas que contam o que veem, baseados naquilo que poderiam ver. Talvez seja essa uma boa espécie de jornalismo. Mas, pela simples amostra que conheço, não pode ser uma boa maneira de informar.

Vamos agora examinar o depoimento de um alemão, que foi também líder nazista e que hoje, tal como eu, é um pobre refugiado. Imediatamente, a atmosfera começa a clarear.

Kurt G. W. Ludecke (cujo livro I Knew Hitler, publicado em 1937, era mais um trabalho de jornalista do que homem de Estado) revela tudo quanto soube das relações de Hitler com o sexo, o que se leu graças a uma conversação que teve ocasião de manter com Magda Goebbels, mulher do funesto e minúsculo Ministro da Propaganda. Basta-nos ler o que ele diz, para verificarmos que esse homem não pretende pedir nem conceder favores.

“Assim sendo, você está a caminho de conquistar uma alta posição na Alemanha — disse eu, em ar de zombaria. Dentro em breve, você será a sra.  Ministro, tendo em torno de si, a mim e outros mais, disputando o seu favor. Mas, conte-me, Magda, como foi que isso aconteceu?

“Com muita graça e ligeireza, disse-me ela que o seu interesse pelos trabalhos do Partido   (pelo qual eu fui um grande responsável)   havia continuado até que, por último, começou a prestar seus serviços no escritório de Berlin. Aí conseguiu despertar a atenção do seu chefe – Joseph Goebbels. Logo depois, tornou-se a sua secretária particular e ele um seu ardente admirador. (E por que não havia de ser assim — pensava eu — à proporção que relatava a sua história. Ela era bonita, culta, inteligente; residia numa casa luxuosa e a pensão de seu antigo marido fornecia-lhe uma renda respeitável). Goebbels, chefe da máquina de propaganda do Partido, começou a insinuar-se junto a ela, fazendo-lhe propostas que aos poucos foi cedendo…

“Mas, uma vez que estava disposta a casar-se com um elemento do Partido, por que razão não procurou conquistar o chefe do seu chefe: Hitler? — perguntei-lhe.

“Poderia ter feito isso — admitiu-a, enrubescendo ligeiramente.  Antes de dar a Goebbels o meu sim, convenci-o de que me devia levar a Munique, afim de me apresentar a Hitler e mostrar-me a Braune Haus. Hitler, porém, pareceu-me encantador, mas um tanto ou quanto…

“E olhou para mim ao mesmo tempo em que sorria.

“Disseram-me que um dos mais apreciados serviços que a Sra. Goebbels prestava a Hitler era a preparação de pratos especiais, dificilmente encontrados em outra parte. Hitler era, por essa ocasião, decididamente vegetariano, demonstrando uma avidez exasperada pelas cenouras e pelo espinafre. Goebbels, compreendendo isso, procurou transformar sua mesa numa espécie de isca e, dessa forma, conseguiu insinuar-se junto a Hitler como ninguém o fizera até então. Seus esforços, para consolidar essa influência fracassaram, no entanto, devido a uma desconcertante peculiaridade do caráter de Hitler. Soube disso, com uma espécie de íntima satisfação, ao perguntar a Magda por que razão ainda não tinha arranjado uma da companheira para Adolf.

“Disse-me ela:

“Meu marido, há algum tempo, fez-me a mesma pergunta. Ele andava ansioso por ver o nosso Fuehrer interessado por alguma rapariga bonita e inteligente. Achávamos ambos que isso lhe havia de ser útil porque, simultaneamente, lhe proporcionaria um certo repouso e uma confidente a quem poderia transmitir as suas inquietações. Mas a verdade é que não me revelei uma boa casamenteira. Costumava deixá-lo a sós com as minhas amigas mais encantadoras.  Ele, porem, jamais se manifestou. Putzi tentou, também, mas não obteve melhores resultados. Resumindo: sob certos aspectos, Hitler não é humano — não se pode alcançá-lo, nem tocá-lo. Meu marido ficou terrivelmente desapontado ao verificar que não era possível arranjar-lhe uma confidente”.

Visões sem Interesses

Vamos agora examinar a, opinião de dois gigantes que fazem parte dos emigrados alemães: o acadêmico Konrad Heiden e o combatente Otto Strasser. Konrad Heiden escreveu a mais elucidativa biografia de ambos: de Hitler e do partido, tendo vivido muito tempo entre a juventude hitleriana e podendo, pois, compreender aquelas aberrações sexuais que atingem as fronteiras do fantástico. São do seu livro estas passagens:

“Há provas documentárias que lançam uma luz surpreendente na questão que se refere às relações entre Hitler e as mulheres. Essas provas não deixam dúvidas a respeito de que Adolf ficava completamente escravizado às mulheres por quem se apaixonava.

 “Considerações de ordem diferente, tornam impossível descrever, nos seus detalhes, não só aquelas suas tendências naturais, bem como as mencionadas provas documentarias. Queremos apenas mencionar que o tesoureiro do partido, Franz Schwarz, que ajudou a libertar Adolf das garras de certo grupo de piratas, é perfeitamente conhecedor do caso.

“O fato de Hitler deixar-se escravizar pelas mulheres representa a componente que faltava no quadro geral de caráter. Constitui o contraste com a sua exagerada brutalidade no campo da política, bem como em relação aos seus amigos e companheiros de trabalho, — contraste esse bem conhecido das autoridades em ciência sexual.

“E, dito isso, torna-se mais compreensível à natureza peculiar da conduta de Hitler em relação às mulheres. As mesmas são sempre obscuras e misteriosas, dando ele, ao contrário da realidade, a impressão de que não tem vida amorosa. Essas relações, quase sem exceção, rompem-se bruscamente e, em muitos casos, torna-se óbvio que não é Hitler quem abandona, mas é abandonado. Uma das mulheres aqui mencionadas, ao ser interrogada a respeito de suas relações com Hitler, deixou-me entrever que havia experimentado um grande desapontamento, em consequência do qual não podia considerá-lo um homem prestável.

“Em vista disso, somos levados à conclusão de que é perfeitamente certa a conjectura tantas vezes levantada a respeito da anormalidade da vida emocional de Hitler. Mas é verdade que essas conjecturas dirigiam-se em geral, segundo uma direção errada: Hitler não é homossexual, nem bissexual. É vítima apenas de escravização ao sexo contrário. Muitos psiquiatras aconselharam às pessoas sujeitas a tal inclinação um modo especial de olhar e de gesticular que são destinados a produzir a fascinação. Mas esse problema deve ser resolvido pelos especialistas”.

Fonte: Eu fui Médico de Hitler – K. Krueger – 2º edição – 1942 – Pagina 76 a 82 – Editora Nacional – Editorial Calvino Limitada

Sobre Ricardo Lavecchia

Desenhista, Ilustrador e pesquisador sobre a Segunda Guerra Mundial

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1 comentário

  1. Ele não era gay; apenas sentia mais prazer com o poder; as mulheres eram apenas mulheres.

    se ele quisesse se casar comigo. diria sim;mas por medo do resultado do não;
    pra mim ele não era mau; apenas não sabia o que era amor. se ele soubesse,não seria tão amado e adorado por tantos;eu não o amo nem mesmo gosto;mas devo admitir
    outro não começaria e terminaria essa historia de cabeça erguida como ele fez;sem medo e se sentindo um Deus. Acho que tudo o que tudo tem um propósito ele fez o que tinha que fazere pronto. Foi ruim, mas foi ele mesmo e dai. Pessoas boas de verdade não julgam; pessoas boas de coração perdoa e só quem deve julgar ou perdoar são suas vitimas.

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