A Invasão da Polônia – A Segunda Guerra Mundial teve seu início oficialmente em 1 de Setembro de 1939, quando a Alemanha colocou em prática seu plano de invasão à Polônia. Embora houvesse outros conflitos em prática, como a Itália e Etiópia, assim como Japão contra China, a declaração de guerra das principais potências europeias são consideradas o marco inicial do conflito mundial.
Na Invasão da Polônia foi onde a Alemanha demonstrou ao mundo o poder da blitzkrieg ou Guerra Relâmpago.
O confronto com a Polônia
Às 23 horas de 21 de agosto de 1939, as rádios alemãs interromperam sua programação e uma voz solene noticiou que o Governo do Reich e o Governo Russo assinaram um pacto de não agressão. Notícia que abalou o mundo. Todos sabiam que esse fato era o que faltava para que Hitler continuasse com seu plano de avançar nos territórios europeus, onde o próximo alvo seria a Polônia.
Dez dias depois, às 11h30min da manhã de 31 de agosto de 1939, o general alemão Halder recebeu um chamado telefônico urgente da Chancelaria do Reich. Foi noticiado de que toda a operação conhecida como Plano Branco (Fall Weiss) será iniciado. Emocionado, o general Stulpnagel comunicou-lhe: “O ataque será amanhã, às 04h45min da madrugada. Inglaterra e a França estão decididas a intervir, mas o Führer resolveu iniciar a campanha”.
Uma hora depois Hitler assinou a Diretiva n° 1 para a condução da guerra e entregou o desventurado documento aos chefes da Wehrmacht.
A preparação Alemã para a Invasão da Polônia
Em Varsóvia, o Comandante-em-chefe do exército, Marechal Smigly-Rydz, decidiu dar o passo, após inseguras vacilações. Às 11 horas da manhã expediu a ordem de mobilização geral e ao cair da noite do dia 31 de agosto, iniciaram os primeiros “combates” da guerra. Soldados da SS, disfarçados em uniformes poloneses, realizaram ataques forjados a alguns postos de fronteiras alemães. Imediatamente, as emissoras transmitiram alarmantes comunicados sobre as inesperadas “agressões”. A farsa foi à justificativa de Hitler ao seu povo e ao mundo sobre o ataque contra a Polônia. A Posição da Alemanha era vantajosa, pois envolvia quase totalmente o território da Polônia e dividiu seus efetivos em duas grandes massas de ataque.
Os Exércitos no Sul, comandado pelo general Rundstedt, executaria a manobra decisiva da campanha de Invasão da Polônia. Portanto, lhe foram dadas 35 divisões, compreendendo o grosso das forças blindadas: 4 Divisões Panzer (DP), 3 Divisões Mecanizadas (DM) e 2 motorizadas. Sua missão seria tomar uma importante região carbonífera da Silésia polonesa, e em seguida, avançar rapidamente até Varsóvia próximo ao rio Vístula, conquistando a capital e unindo as suas forças ao oeste deste rio com as unidades dos Exércitos “Norte”. O exercito polonês, então, cercado do norte ao sul, não poderia construir uma nova linha defensiva por trás do Vístula.
Os Exércitos Norte, comandado pelo general von Bock, teria 25 divisões: 1 Panzer, 2 mecanizadas e 2 motorizadas. Depois de vencer as unidades polonesas no corredor de Dantzig, avançaria ao sul, flanqueando os rios Vístula e Narew, para se unirem com as tropas de Rundstedt.
O comandante-em-chefe do Exército polonês, o Marechal Edward Smigly-Rydz, estava diante de um problema sem solução para a defesa do seu país. Suas forças eram muito inferiores, em número e armamento, aos exércitos alemães. Contava apenas alguns ultrapassados carros de combate franceses e ingleses e a força aérea reduzia-se à cerca de 400 velhas aeronaves. O Marechal devia optar entre duas escolhas: entrincheirar os exércitos na fronteira, para defender a região ocidental, onde se situavam as indústrias, ou colocar-se por trás da barreira fluvial, formada pelos rios Vístula e Narew, com o objetivo de enfrentar a Wehrmacht em forte posição defensiva. No primeiro caso, ele corria o risco de ver seus exércitos massacrados nos primeiros dias de luta. No segundo, perderia a fonte de abastecimento e seria obrigado a render-se em pouco tempo. Optou pela primeira escolha e dividiu suas forças em três grandes setores. No norte, frente à Prússia Oriental e à Pomerânia, onde dispôs 3 exércitos, integrados por 15 divisões de infantaria e 5 brigadas de cavalaria; no centro, resguardando a rica província de Poznan, pôs o grosso das suas tropas, 2 exércitos com 4 brigadas de cavalaria e 9 divisões de infantaria, apoiados na retaguarda pelo Exército “Prússia”, integrado por 6 divisões de infantaria, 1 brigada motorizada e 1 brigada de cavalaria; finalmente, no sul, em Cracóvia e nos Cárpatos, destacou 2 exércitos: 8 divisões de infantaria, 2 brigadas motorizadas e 1 brigada de cavalaria.
Início da luta na Invasão da Polônia
Às 04h45min horas, do dia 1° de setembro de 1939, dá-se o inicio da Segunda Guerra Mundial com a Batalha da Polônia.
A Alemanha bombardeia a Polônia. O couraçado alemão Schleswig Holstein, navio-escola da Kriegsmarine, dispara com os seus gigantescos canhões de 27 centímetros, a primeira descarga da Segunda Grande Guerra. Uma luta feroz e sangrenta. Durante todo o dia, a artilharia e os Stukas bombardeiam duramente o reduto de Westerplatte. Os poloneses, com decidida bravura, rechaçam o ataque dos soldados alemães. Ao cair da noite, a luta prossegue com maior fúria. Os nazistas, com lança-chamas, destroem os ninhos de metralhadoras e aniquilam seus defensores. O major Polonês Sucharski reúne os sobreviventes e segue resistindo. Até no dia 6 de setembro, a brava guarnição rechaça 12 assaltos inimigos, chegando ao limite da resistência. Em 7 de setembro, no início da manhã, os canhões alemães desatam um bombardeio demolidor sobre as posições polonesas. Entrincheirando-se nas ruínas dos edifícios, Surcharski e os 60 sobreviventes estão prontos a enfrentar o ataque final. Os SS avançam entre os escombros e travam com os poloneses uma desesperada luta corpo a corpo. Uma hora depois, tudo está terminado.
Tropas Alemãs em Ação
A Batalha do Corredor
Carros de combate da 3ª Divisão Panzer (DP) progridem em meio à neblina que cobre as planícies da Pomerânia. Logo à frente, num veículo blindado, encontra-se o general Guderian, teórico e mestre da Blitzkrieg. É o momento de colocar em prática a sua revolucionária teoria da guerra mecanizada. Sob o seu comando o 19° Corpo Blindado, integrado pela 3ª DP e as 2ª e 20ª divisões motorizadas (DM). Sua missão é cercar e aniquilar todas as forças polonesas distribuídas no Corredor de Dantzig.
No mesmo instante o general polonês Bortnowski, chefe das forças situadas no Corredor, segue as diretivas do marechal Smigly, que é manter o grosso das suas tropas no centro do Corredor, com a ordem de lançar-se à conquista de Dantzig logo ao início das hostilidades. Tal manobra condenaria todas as suas divisões ao aniquilamento.
Então, em 31 de agosto, o general ordenou às suas melhores divisões, as 13ª e 27ª divisões de infantaria (DI), retirar-se para o sul.
A 1° de setembro, as tropas da 13ª DI embarcam de trem e fogem para o sul, sob o contínuo fogo dos Stukas. Já a 27ª, não consegue alcançar a ferrovia e tem que bater a pé a retirada.
Guderian chega às margens do Vístula na noite de 1° de setembro, onde o cerco se fechou. Para esse rio convergem do norte, as colunas da 27ª Divisão. Na madrugada do dia 2, na escuridão, os poloneses tentam abrir passagem através da barreira de carros de combate. Sem sucesso. Os blindados rompem fogo e detém o avanço.
Desata um terrível caos nas fileiras polonesas. As unidades, destroçadas, perdem toda coesão e se tornam fáceis presas dos blindados alemães.
Vemos então um dos mais dramáticos episódios da campanha. Pondo-se à frente dos seus cavaleiros, o general Grzant-Skotnicki, chefe da brigada “Pomerânia”, desembainha a espada e precipita-se sobre os carros de combate alemães, numa desesperada tentativa de romper o cerco. Sem pestanejar, os seus soldados o seguem. A enorme massa de cavaleiros com espada e lança na mão, avança velozmente para os blindados.
Horrorizados, os alemães procuram conter o ataque. O heroico e terrível sacrifício é fugaz. Um após outro, os esquadrões são massacrados pelo fogo dos canhões e metralhadoras alemãs. Alguns cavaleiros conseguem atravessar a temível barreira, mas quebram as frágeis lanças contra o aço dos carros de combate, sem causar nenhum abalo a estes.
A Ruptura do Sul
Ao meio-dia de 1° de setembro, o general Rundstedt, comandante-em-chefe dos Exércitos Sul, recebe a notícia de que as suas vanguardas conseguiram flanquear o rio Wartha. O fluxo combinado de três exércitos alemães (8° de von Blaskowitz, 10° de von Reichenau e o 14° de von List) aniquila toda a frente sul polonesa entre 1° e 3 de setembro. A Luftwaffe ataca constantemente e desarticula totalmente a organização da retaguarda dos exércitos poloneses. Após cruzar o Wartha, a 4ª DP, de Reinhardt, avança pela estrada que conduz a Varsóvia. A 2 de setembro, uma esquadrilha de bombardeiros poloneses realiza um desesperado ataque, mas, os velhos aviões param numa intransponível barreira de fogo anti-aéreo. Em apenas alguns minutos, os campos ficam iluminados com os restos flamejantes de 14 aviões poloneses. Os carros de combate alemães prosseguem no seu avanço na Invasão da Polônia.
Devastando todas as forças que se interpõem à sua passagem, na manhã de 3 de setembro os alemães ocuparam a cidade de Radomsk e, horas depois, entram em Kamiensk.
A 4ª DP consegue separar os exércitos poloneses do centro, dos que combatem no sul. Na noite de 3 de setembro, o marechal Smigly ordena que a sua principal força de reserva, o Exército Prússia, caminhe imediatamente para o sul, afim de bloquear o avanço dos blindados alemães sobre Varsóvia. O Marechal sabe que esta é a sua última cartada.
No dia seguinte, dá-se a batalha decisiva. Os carros de combate de Reinhardt, esmagam uma após outra, 3 divisões de infantaria polonesas e, na noite de 6 de setembro, ocupam a cidade de Tomaszow-Mas, situada apenas a 100 km ao sul de Varsóvia.
O caminho para a Capital foi aberto. Porém, à esquerda da 4ª DP, a 1ª DP, em união com as unidades do 8° Exército do general Blaskowitz, sofrem repetidas derrotas às divisões polonesas que defendem a cidade de Lodz. Desesperado, o general polonês Rommel, chefe do referido setor, tenta levantar uma linha defensiva a poucos quilômetros ao oeste da cidade, mas, os alemães, com incessantes ataques, obrigam-no a bater em retirada e, na noite de 7 de setembro, apoderam-se de Lodz. Definitivamente fica aberta a brecha no caminho de Varsóvia.
A Invasão da Polônia: Varsóvia resiste
Às 17 horas de 8 de setembro de 1939, os carros de combate da 1ª DP, chegaram aos subúrbios de Varsóvia. O general Schmidt, chefe da divisão, sabia que ia ocupar a velha capital em poucas horas. Mas não previa a heroica resistência que os habitantes iriam oferecer.
Três carros de combate alemães avançam lentamente pelas ruas desertas. De repente, um grupo de escoteiros aparece ao seu encontro. Surpresos, os alemães não abrem fogo. Dois garotos pegam um dos fios elétricos da rede de bondes que estão caídos no solo, aproximam-se correndo de um dos enormes veículos e jogam o fio sobre o motor quente. Com o contato, o tanque se incendeia. Os outros blindados disparam as suas metralhadoras, mas os escoteiros escapam ilesos. Assim, os carros de combate aceleram o deslocamento e segue para a Praça União de Lublin. A multidão foge apavorada, mas um homem ateia fogo num dos veículos blindados com uma lata de gasolina. Em poucos minutos, o veículo transforma-se em uma gigantesca fogueira. O outro tanque foge a toda velocidade. Episódios parecidos repetem-se nos demais bairros. Sob a liderança do seu seguro e valente prefeito Stephane Starcynski, o povo de Varsóvia consegue rechaçar a primeira investida dos alemães. Atrapalhado com essa surpreendente resistência, o general Schmidt distribui as suas forças pelos arredores da cidade e aguarda a chegada da infantaria.
A Aniquilação do Exército Polonês
O General Dab-Biernacki, chefe do Exército “Prússia”, chega à noite de 9 de setembro a Brest-Litovsk. Encontra-se com o Marechal Smigly-Rydz. Após apertos de mãos, o que permanece, por alguns segundos é o silêncio. Dab-Biernack rompe o fúnebre silêncio e informa ao seu superior a triste notícia: – “Marechal. Está tudo perdido. Os alemães destruíram esta noite o meu exército, na margem direita do Vístula”. Smigly-Rydz, abatido, deixa-se cair em uma cadeira. A derrota do Exército “Prússia” termina com as últimas esperanças de instalar uma nova frente defensiva.
Não há nada que impeça o avanço alemão a Varsóvia. Dois dias antes, o marechal ordenara a Dab-Biernacki deslocar rapidamente as suas forças para leste do Vístula, mas, em veloz avanço, as divisões motorizadas de Rundstedt envolveram pelo norte e pelo sul as divisões polonesas, as cercando.
Em 8 de setembro a batalha tinha fim. As últimas três divisões do Exército Prússia foram aniquiladas. A Wehrmacht, dando total cumprimento ao seu plano de campanha, procedeu em seguida à destruição dos exércitos dos generais Bortnowski e Kurtrzeba, cujas unidades, que tinham mais da metade dos efetivos totais do exército polonês, ficaram isolados a oeste do rio Vístula.
Na manhã do dia 10 de setembro, o general Kurtrzeba, inicia um violento ataque para o sul, para tentar conter o avanço dos blindados para Varsóvia. Em 12 de setembro, o general Kurtrzeba e o general Bortnowski realizam uma reunião às margens do rio Bzura. Ao sul deste rio, os seus soldados combatem desesperados com as tropas de von Blaskowitz, sob o bombardeio incessante e demolidor da artilharia e dos aviões Stukas. Em poucos minutos, os dois chefes tomam uma resolução extrema. Como o ataque para o sul fracassou e, de todas as direções surgem forças alemães, decidem cessar imediatamente a ofensiva e bater em retirada no dia seguinte com destina a Varsóvia. Porém, era tarde demais para essa decisão ser posta em prática. O cerco tinha se fechado. As 1ª e 4ª Divisões Panzer que se encontravam frente à Varsóvia, dão meia-volta e segue a toda velocidade para o Bzura. Do norte, o 4° Exército de Von Kluge avança em marcha forçada e completa a barreira que, pelo oeste e sul, foi levantada pelo 8° Exército de Blaskowistz, tentando conter a Invasão da Polônia.
Na manhã de 16 de setembro os alemães iniciam o ataque. Os Panzers atravessam o rio Bzura e, aniquilando todas as forças que encontram pelo caminho, alcançam a localidade de Kiernoczie. O fim dos exércitos poloneses está próximo na Batalha da Polônia. No dia seguinte, os alemães diminuem a violência da ofensiva. Pela noite, em caminhos que levam ao leste, marcham sob um caos indescritível, milhares de soldados poloneses. Sobre as margens do Bzura, estes soldados deparam-se com os alemães e ali se desenrola uma luta feroz e sangrenta. Duas brigadas de cavalaria rompem o cerco e escapam para Varsóvia, sumindo pelos espessos bosques. O General Kurtrzeba, acompanhado por um grupo de oficiais, também consegue chegar à capital.
O general Bortnowski cai prisioneiro. Na Alvorada do dia 18 de setembro, a Luftwaffe lança todos os seus efetivos ao ataque. Com um rugido ensurdecedor, os Stukas disparam sobre as indefesas colunas de soldados, metralhando-os sem piedade. Em poucas horas a batalha termina. Está destruído o grosso do Exército Polonês.
Enquanto se travam os últimos e sangrentos combates da batalha do Bzura, o 19° Corpo Blindado do general Guderian segue para o sul e, após atravessar o rio Narew e destruir as forças polonesas pelo caminho, flanqueia Varsóvia pela retaguarda. Sem cessar a sua marcha, os carros de combate alemães ocupam a cidade de Brest-Litovsk e, em 16 de setembro, fazem contato com as unidades de von Rundstedt, nas margens do rio Bug. E como foi planejado, as forças oriundas do norte e do sul fecham a gigantesca armadilha sobre a totalidade do exército polonês. A Invasão da Polônia estava cada vez mais consolidada.
No dia seguinte, os russos, cumprindo as cláusulas secretas do tratado germano-russo, cruzam as fronteiras orientais da Polônia e chegam à Brest-Litovsk. No mesmo dia em que os russos invadem a Polônia, o marechal Smigly-Rydz foge para a Romênia. Varsóvia, ainda resiste. Lá se concentram os restos do Exército Polonês que prepara-se para enfrentar a investida final da Wehrmacht.
Em 25 de setembro, começa o bombardeio aéreo maciço de Varsóvia. O dia todo, os Stukas metralham e bombardeiam a indefesa cidade. Ao cair da noite, sob a luz dos incêndios que se propagam por todos os bairros, os alemães iniciam o ataque final. Combatendo furiosamente, os soldados e civis poloneses recuam lentamente para o centro. As munições e suprimentos se esgotam. Não há medicamentos para atender aos milhares de feridos e falta água. Em 27 de setembro, os poloneses se rendem. Ao meio dia, cessa o fogo e os soldados incineram as bandeiras dos seus regimentos, para que não caíam nas mãos dos alemães. Dois dias depois, as tropas do 8° Exército de von Blaskowitz entram em Varsóvia. A Invasão da Polônia estava caminhando para o final.
A entrada de Inglaterra e França na guerra
Na manhã de 3 de setembro de 1939, enquanto as forças polonesas combatiam desesperadamente a Wehrmacht, o embaixador inglês em Berlim, Sir Nerville Henderson, entrou no escritório de von Ribbentrop, ministro das Relações Exteriores do Reich. Na ausência deste, o diplomata foi recepcionado pelo Dr. Paul Schmidt, intérprete pessoal de Hitler. Henderson saudou-o friamente e, sem maiores formalidades, leu, com voz grave e solene, a nota do seu Governo: Chamberlain comunicava a Hitler que, a partir das 015h00min desse dia, a Inglaterra entraria em guerra com a Alemanha, se a Wehrmacht não cessasse imediatamente o seu ataque à Polônia e evacuasse os territórios conquistados. Terminada a leitura, Henderson entregou uma cópia do documento a Schmidt e retirou-se. Schmidt dirigiu-se rapidamente à Chancelaria do Reich e entrou no escritório de Hitler. Acompanhado por Ribbentrop, o Führer estava sentado frente a uma grande janela. Schmidt traduziu a nota britânica. Após a leitura, a sala ficou em absoluto silêncio. Hitler, então, pôs-se de pé e perguntou a Ribbentrop com voz ameaçadora: – “E agora, que mais?”
Submisso, o ministro respondeu: “Suponho que os franceses entregarão um ultimato semelhante, dentro de uma hora”. Pouco após o meio dia, o embaixador francês Robert Coulondre entregou a Ribbentrop o ultimato do seu governo. Assim, 21 anos depois do término da Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra, França e a Alemanha lançavam-se novamente à luta. A Europa e o mundo se envolveriam no conflito em pouco tempo. Foi o fim da campanha de Invasão da Polônia e o início da Segunda Guerra Mundial.