Quando pensamos em Segunda Guerra Mundial, logo vem em mente o Holocausto, Dia-D, Stalingrado, Pearl Harbor e etc… Porém, o conflito foi bem mais amplo e envolveu praticamente todos os países do mundo, de uma forma ou de outra. Milhões de pessoas foram afetadas, das mais variadas culturas, desde o mais rico ao mais pobre.
Dentre os países envolvidos, estão os das Américas do Norte, Central e do Sul. A guerra também esteve nas Américas e muitos países tiveram sua soberania ameaçada pelas forças do Eixo, e consequentemente declararam estado de guerra ao Japão, Itália e Alemanha.
Um dos países latino americano que declarou guerra ao eixo foi Honduras. Logo após o ataque japonês a Pearl Harbor, seu Presidente, General Tibúrcio Carias Andino, enviou uma nota de apoio ao Presidente Norte Americano Franklin Delano Roosevelt, mencionando que suas forças estariam dispostas para contribuir com a sua parte na guerra de acordo com suas capacidades tecnológicas.
No início do ano de 1942 o Presidente Carias ordena que a FAH (Força Aérea Hondurenha) inicie a campanha de patrulhamento diário da costa em busca de submarinos do eixo que possam estar operando na região para bloquear navios mercantes que transportavam matérias-primas de países latino-americanos aos Estados Unidos. Essas patrulhas também serviram de vigia aos navios hondurenhos no mar do Caribe.
Logo a FAH estabeleceu inúmeras bases aéreas por toda a costa onde existia no mínimo uma aeronave disponível para patrulhar o oceano. As patrulhas eram feitas três vezes ao dia, contando com uma logo no início da manhã, outra por volta do meio-dia e a terceira e última ao entardecer. Todas essas patrulhas envolveram grande logística e tecnologia, mas foi eficaz, mesmo com toda limitação que o pais tinha na época.
De acordo com os registros, a maior atividade de patrulhamento antissubmarino teve seu pico nos meses de julho e agosto de 1942.
A FAH teve uma única oportunidade de entrar em combate na guerra quando no dia 24 de julho, logo ao entardecer, uma das aeronaves em patrulha avistou um submarino na superfície, mas o mesmo logo submergiu, o piloto ainda soltou algumas bombas de 60 libras sem observar nenhum resultado.
Também em uma patrulha que a FAH teve sua única baixa na guerra, em 23 de agosto de 1942, o Tenente Aviador Francisco Martinez Garcia em companhia do artilheiro Sargento Armando Murillo Diaz, pilotando sua aeronave de matrícula FAH-2, sumiram sem deixar rastro. Por muito tempo houve a crença que havia sido abatido por um submarino alemão, mas depois essa ideia foi desconsiderada por falta de provas.
As Patrulhas continuaram até o final de 1944, quando as ameaças já tinham cessado. Durante dois anos a FAH empenhou todos seus meios para a causa aliada, e empenhou desde seus modernos caças North American NA-16 até suas antigas aeronaves Boeing 40, adaptados para soltar pequenas bombas.
A Força Aérea Hondurenha tem grande orgulho e satisfação de ter participado de sua primeira grande campanha.
Fonte: http://www.latribuna.hn/2012/04/15/la-fah-en-la-ii-guerra-mundial/