Manoel Dantas Loiola, uma história intrigante!
Muitos foram os brasileiros lutando pelo esforço de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, mas infelizmente não temos um amplo conhecimento sobre esse assunto.
Nossa história é muito falha e aparenta pular o período entre 1939 e 1945.
Poucos conhecem a história da Força Expedicionária Brasileira, a FEB, e tantos outros fazem chacota referente a ida de Brasileiros à Itália.
Assim, como a Defesa da Costa – Marinha e Exército mantinham atividades para garantir a soberania do país, patrulhando o litoral e mantendo militares em prontidão em caso de invasão inimiga.
Outro assunto distante dos holofotes da história, estão os chamados Soldados da Borracha, que lutaram no front interno na produção de matéria-prima para suprir a demanda dos Aliados.
Esse fato histórico merece destaque heroico tanto quanto os veteranos que foram para o campo de batalha.
Afinal, foram homens que sofreram na Amazônia em busca de uma promessa do governo que nunca foi cumprida.
Candeeiro ou Manoel Dantas Loiola, de cangaceiro a Soldado da Borracha
Vasculhando a internet e conversando com alguns amigos, chegamos a uma história interessante sobre um desses soldado da borracha, o Manoel Dantas Loiola, também conhecido como Candeeiro.
Até poucos anos atrás, Candeeiro era um dos últimos remanescentes do grupo de Lampião do qual ingressou por volta da década de 30.
Pernambucano de Buíque (258 quilômetros do Recife), Manoel passou a integrar o bando de Lampião em 1937, mas sempre declarou que foi por acidente.
Ele trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de cangaceiros chegou ao lugar.
Pouco tempo depois, a propriedade foi cercada por uma volante (policiamento) e ele preferiu fugir com os bandidos a ser morto.
Era uns dos homens de confiança do Rei do Cangaço, com a importante função de mandar cartas cobrando dinheiro imposto por Lampião a fazendeiros e comerciante, além de ser o responsável por ir receber esse dinheiro.
Candeeiro (Manoel Dantas Loiola) foi um dos onze sobreviventes do massacre de Angicos, em 1938, quando Lampião foi morto pelas forças federais.
Após o fim do cangaço, Candeeiro se entregou às autoridades e ficou preso por dois anos.
Mais tarde com o início da Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro deu início a um programa chamado “Soldados da Borracha”, no qual prometia inúmeros benefícios aos homens que se alistassem e fossem à Amazônia.
Candeeiro não titubeou e logo após ter recebido o perdão do governo por seus crimes no cangaço, se alistou no programa e, infelizmente, não se sabe mais muita coisa sobre sua vida nesse período.
Ao final da vida, trabalhava como comerciante na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal.
Atendia pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né.
Sr. Manoel ou Candeeiro veio a falecer em 24 de julho de 2013 no agreste de Pernambuco, aos 97 anos.
Grande amigo Ricardo Lavecchia, parabéns pelo seu trabalho, masa segunda foto não é o cangaceiro Candeeiro. Este é um senhor que se vestiu em trajes de Lampião. Muitos já se enganaram. O trajar dele não é o de Candeeiro. Veja Candeeiro. – https://piauihoje.com/noticias/brasil/morre-candeeiro-ultimo-cangaceiro-de-lampiao-86395.html