O Tratado de Versalhes foi assinado no dia 28 de Junho de 1919 pela Alemanha e pelos países aliados na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, na França. O tratado contém cerca de 440 artigos, incluindo, igualmente, numerosos anexos.
A elaboração do documento iniciou-se no princípio de 1919 e após muitos meses sob difíceis negociações, foi apresentado à Alemanha para análise no dia 7 de Maio de 1919.
O prazo dado ao governo alemão para aceitar os termos do tratado foi apenas de três semanas. Houve diversas queixas quanto ao conteúdo do documento, mas a maioria dessas queixas foi ignorada. Muitos consideraram o tratado muito rígido.
Pela severidade dos termos do tratado para com a principal nação derrotada, o Tratado de Versalhes constituiu, do ponto de vista alemão, uma penosa humilhação. Tais termos geraram descontentamento e dificuldades econômicas aos alemães, fato que ajudou a criar condições para a ascensão de Hitler ao poder nos anos 30, que motivado pelos mesmos princípios, encaminhou a Alemanha para outra guerra de escala mundial.
Para garantir o entendimento político e a paz entre os países, o tratado previa a constituição da Sociedade das Nações, a redução do território alemão, a desmilitarização da Alemanha e o pagamento por parte desta de pesadas indenizações de guerra.
Segundo o Tratado, o território da Alemanha foi reduzido em 13,5% (cerca de sete milhões de pessoas) e retiradas todas as colônias ultramarinas. Alsace-Lorrain passou aos domínios da França e o território belga estendeu-se a Oeste, passando a controlar as áreas de Eupen e Malmedy.
Para além dessas modificações no território alemão, a área da Prússia Oeste passou a pertencer à Lituânia, e os Sudetas passou para a Checoslováquia.
O Exército alemão foi limitado a um máximo de 100.000 soldados, tendo a utilização de artilharia pesada, gás, tanques e aviões sido proibida. Também se entendeu que a marinha da Alemanha só podia possuir navios abaixo das 10.000 toneladas, sendo que os submarinos foram totalmente proibidos.