![m25-05k m25-05k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-05k.jpg.webp)
Falaremos do veterano Joe Spagnolo durante a Segunda Guerra Mundial. Ele e sua tripulação dirigiram um Dragon Wagon na França, em 1944-45 e fizeram as fotos que ilustram este artigo. A condução do M25, como eles chamavam-lhe, não era tarefa fácil. Toda equipe foi formada na própria unidade, todos eram voluntários, mas ninguém sabia nada sobre o veículo monstro. Eles nem sequer sabiam como reabastecê-lo.
![m25-04k m25-04k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-04k.jpg.webp)
Eles tinham missão de recuperar tanques alemães e tanques Sherman próximos ao campo de batalha, se possível, caso contrário rebocá-los para oficina. Joe foi designado a comandar uma tripulação de seis homens e um M25.
![m25-12k m25-12k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-12k.jpg.webp)
Não tardou para que estes homens descobrissem que o Dragon Wagon era um veiculo fantástico. Um Sherman ficou preso (afundado) na lama em cerca de 30 metros de estrada intransitável e o Dragon Wagon foi capaz de puxá-lo. Os operadores de tanques não acreditavam no que via.
![m25-03k m25-03k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-03k.jpg.webp)
Num M25 era possível também carregar uma enorme quantidade de carga.
![m25-10ak m25-10ak](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-10ak.jpg.webp)
Os homens da equipe de Joe tentavam reparar os Shermans no campo. Caso não conseguissem, os tanques eram levados para a oficina.
Algumas vezes precisaram se defender. O M25 era equipado com uma metralhadora calibre 50. , arma esta que Joe era muito hábil. E quando um tanque Sherma precisava de operador, lá estava Joe novamente pronto para conduzi-lo.
![m25-02k m25-02k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-02k.jpg.webp)
No interior da cabine havia ainda uma submetralhadora Tompson e uma carabina M1, e todos da equipe portavam pistolas 45.
No interior da cabine não havia muito espaço, além de ser muito quente no verão e excessivamente gelado no inverno. Assim como num tanque, a tripulação tinha que lutar, trabalhar, comer e dormir no seu veículo.
![m25-14k m25-14k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-14k.jpg.webp)
Além de recuperar Shermans, tanques alemães também eram rebocados à oficina para que pudessem ser analisados a fim de se descobrir os seus pontos fortes e fracos. Joe rebocou alguns tanques Panther e 3 tanques Tiger, juntamente com diversos tanques Sherman que necessitaram de repararos.
Porém após um tempo, Joe recebeu ordem para ir ao campo de batalha e rebocar somente tanques alemães. Certa vez um Panther caiu numa armadilha. A explosão matou o seu artilheiro e Joe acabou perdendo parte de sua audição por causa do evento.
Ter seus tanques capturados por soldados estadunidenses não agradou nenhum um pouco aos alemães.
![m25-09k m25-09k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-09k.jpg.webp)
A manutenção do M25 era extensa. A cabine blindada era muito pesada para o chassi, gerando diversos problemas. Diversas vezes transportavam tanques que ultrapassavam o limite de peso máximo recomendado. O limite de peso estipulado para o transporte era 40 toneladas, o que permitia carregar um Sherman, porém os Panthers eram muito mais pesados. O excesso de peso era o principal problema de danos ao M25. Seus eixos muitas vezes simplesmente arriavam.
![m25-07k m25-07k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-07k.jpg.webp)
O M25 patinava em estradas nevadas. Em várias ocasiões um M25 precisou puxar outro nos meses de inverno.
![m25-36k m25-36k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-36k.jpg.webp)
O único desgosto de Joe era que por descender de família italiana, alguns soldados, incluindo alguns de sua tripulação, não gostavam de vê-lo no comando.
Joe era robusto e não aturava desaforos, e chegou a se envolver em brigas com alguns soldados. Isso ao menos fazia ocm que todos ao seu redor o respeitasse.
![m25-06k m25-06k](https://segundaguerra.org/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2009/06/m25-06k.jpg.webp)
Joe esteve por toda a guerra ao lado do mesmo veículo. No final dao conflito em 1945, ele e sua equipe dormiam sob a Torre Eiffel em seu Dragon Wagon.
Excelente artigo Ricardo! Tenho um razoável conhecimento sobre a Segunda Guerra e sobre equipamentos militares, mas ainda não tinha ouvido falar nessa viatura (M25). Sempre há algo novo para aprender! Muito interessante esse relato sobre a manutenção de veículos ocorrida durante e após as batalhas. Para rebocar carros de combate em pleno campo, esse M25 devia ter sido um “monstro” mesmo! Grande abraço e parabéns pelo site!