Todos os expedicionários levavam, numa corrente ou cordão metálico, dependurado ao pescoço, duas placas de identidade, de metal amarelo, com os dizeres em relevo.
Nela constavam o nome, número de identificação, tipo sanguíneo, ano da vacinação antitetânica, e as iniciais Of para os oficiais e Pr para as praças; acima do nome a palavra “Brasil”.
A seção do Quartel General, encarregada de fornecer as placas, lutou penosamente para que ninguém fosse desfalcado dessa importante prova de identidade.
A ordem de usar as placas no pescoço era terminante. Apesar de toda severidade e fiscalização, verificou-se que muitos soldados, no teatro de operações, não tinham a placa ou a deixavam no saco, entre sua bagagem. O resultado dessa falta de compreensão de muitos soldados, que a insistência e zelo dos comandantes não conseguiram vencer, foi que tivemos dezoito mortos desconhecidos, além de inúmeros outros a custos identificados pelo Pelotão de Sepultamento.
Uma aplicação interessante da placa de identidade – justamente por isso tinha os dizeres em relevo – era de servir de matriz para a Impressão da identidade do ferido ou doente, na ficha de evacuação para os hospitais.
As formações sanitárias regimentais receberam um pequeno aparelho portátil, onde se colocava a ficha, juntamente com a placa e, mediante pressão manual, imprimiam-se os dizeres na ficha. Era uma operação rápida, simples e segura, dispensando os informes do ferido, que muitas vezes não estava em condições de prestá-los.
Outra aplicação das placas era identificar os mortos, ao serem recolhidos pelo Pelotão de Sepultamento, e depois, ao serem enterrados, uma das placas era presa à cruz do túmulo e a outra acompanhava o cadáver.