Göring

Hermann Göring, O Número dois no Comando Nazista

GöringHermann Göring nasceu na Bavária, o segundo filho da segunda esposa de Heinrich Ernst Goering, um oficial da Cavalaria Prussiana e também Cônsul-geral Alemão no Haiti. A família firmou moradia na Alemanha com a aposentadoria de seu pai, em 1896.

Cresceu próximo a Nuremberg, no pequeno castelo de Veldenstein, do Cavalheiro Hermann von Epenstein, um judeu que até 1913 foi  amante de sua mãe e seu padrinho.

Estudou no colégio militar e na escola de cadetes e em 1912 foi incorporado ao exército prussiano, no Regimento Prinz Wilhelm, na arma de infantaria. E assim seguiu para a Primeira Guerra Mundial, servindo como infante nas trincheiras alemãs. Ainda no primeiro ano de conflito, problema reumático causados pela umidade das trincheiras forçou sua hospitalização.

Pouco depois de obter alta hospitalar, tentou se transferir para a Luftstreitkräfte, o serviço aéreo do exército imperial alemão, mas foi rejeitado. Insistente, conseguiu voar como observador, transferiu-se por conta própria, não se preocupando com a possibilidade de uma corte marcial.  Em 1915 obteve qualificação de piloto de caça. No mesmo ano foi derrubado em combate, e retornrando em 1917, onde conquistou 22 vitórias aéreas que lhe deram a Cruz de Ferro e a medalha Pour le Mérite.

Em 1918, Goering foi promovido a comandante do celebrado esquadrão Richthofen, o qual o lendário aviador alemão Manfred von Richtofen, o Barão Vermelho, serviu.

 

O Final da Primeira Guerra e sua Revolta

Ao terminar a Primeira Guerra Mundial, Göring foi intimado a entregar seus aviões aos Aliados em dezembro de 1918. Como represália, ele e outros oficiais executaram aterrissagens forçadas com os biplanos, os danificando o máximo possíveis sem destruí-los para que os países vencedores não recebessem os aviões em estado operacional.

Sua maior mágoa foi com a população civil, devido ao tratamento hostil dado aos oficiais do Exército após a rendição alemã, principal causa para que ele deixasse o país. Tornou-se piloto comercial na Dinamarca e na Suécia.

Göring conheceu Rudolf Hess na Faculdade de Ciências Políticas, e em 1921 conheceu Adolf Hitler num comício. No ano de 1922, filiou-se ao então, pequeno Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nazista).

GöringPor sua patente de oficial na Primeira Guerra Mundial, recebeu o comando das Tropas de Assalto de Hitler (as S.A., Sturmabteilung). Göring esteve presente no fracassado Golpe de Munique em novembro de 1923, quando Hitler tentou tomar o poder de forma prematura. Neste episódio, Göring foi atingido gravemente na virilha e com sua prisão anunciada, fugiu com sua esposa para a Áustria. A morfina em excesso consumida para aliviar a dor de seus ferimentos, o fez viciar na droga, o obrigando a buscar ajuda em duas ocasiões entre 1925 e 1926, junto ao Hospital Mental de Langbro, na Suécia.

Retorno à Alemanha e a Ascensão no Partido Nazista

Retornou à Alemanha em 1927, e graças aos seus contatos na indústria alemã, Göring foi eleito na direção do Partido. Ocupou 1 dos 12 assentos no Reichstag, obtidos pelo Partido nazista nas eleições de 1928. Então Göring se tornou o famoso líder da bancada do Partido na Câmara Baixa, e quando os nazis conquistaram 230 assentos nas eleições de 1932, ele foi eleito Presidente do Reichstag.

Nos anos seguintes, Göring foi o responsável pelo banimento dos jornais católicos na Alemanha, assim como o articulista do rearmamento alemão visando uma nova guerra de conquista. Em 1935, tornou-se comandante e o primeiro Marechal do Ar da Luftwaffe. Em 1940, Hitler o proclamou seu sucessor e o promoveu ao posto único de Marechal do Reich (Reichsmarschall), a mais alta patente militar do Reich alemão. Também foi Ministro da Economia do Reich, após o afastamento de seu titular por anos, Hjalmar Schacht.

A Segunda Guerra Mundial e a Luftwaffe

Göring não acreditava que a Alemanha estava pronta para entrar num novo conflito e, particularmente, não acreditava que a Luftwaffe, estivesse à altura da RAF, a força aérea britânica, entretanto, com o inicio da Segunda Guerra Mundial, pôs-se aos esforços de conseguir a vitória.

E elas vieram, nos combates travados pela Luftwaffe, na Polônia e na França. Fatos que conduziram o Reichsmarschal ao seu ápice político e militar na Alemanha nazista. Porém, a capacidade de defesa da Luftwaffe se desfazia ao passo em que as frentes de batalha de Hitler se estendiam do norte da Europa ao Mediterrâneo e ao norte da África, e Göring perdeu prestígio quando a Luftwaffe sofreu derrota na Batalha da Inglaterra e não preveniu os bombardeios Aliados à Alemanha.

Alegando problemas de saúde, Göring se manteve em sua vida privada o quanto Hitler o consentiu, usufruindo do luxo da Carinhall – sua vasta propriedade ao norte de Berlim -, onde cuidou de sua coleção de arte e recebeu diversos presentes daqueles que buscavam seus favores. Seu vício em paracodeína, um derivado da morfina, o tornou eufórico e deprimido.

Se descrente da vitória alemã numa guerra ocidental, Göring se opunha completamente a uma nova guerra na frente oriental contra a Rússia e buscou todos os meios para convencer Hitler a cancelar a Operação Barbarossa. Com a invasão da URSS, empenhou-se então a vencer essa campanha, fato, que apagaria seu fracasso na Batalha da Grã-Bretanha, mas como ele previu, tais conflitos conduziram a Alemanha ao desastre e a aniquilação.

Nos anos finais da Segunda Guerra Mundial, a Luftwaffe combateu sempre em desvantagem numérica contra russos, estadunidenses e ingleses, chegando próximo a completa destruição.

Em 1945, próximo ao fim da guerra, diante da Alemanha irremediavelmente derrotada, invadida a leste pelos russos e a oeste pelos demais Aliados, Goering, enviou a Adolf Hitler, um telegrama onde propunha assumir a liderança do Reich como sucessor anunciado do Führer. Hitler recebeu a proposta como uma grande traição e ordenou a prisão de Göring pela SS, assim como o retirou de seu testamento político e o expulsou do Partido Nazista.

Göring em Nuremberg

Prisão no fim da Guerra e o Julgamento em Nuremberg

Göring foi preso em 8 de maio de 1945, na Áustria, onde se refugiara, e suas condições físicas e mentais eram lamentáveis. Encarcerado em Nuremberg, recuperou-se de seu vício através do tratamento dado pelos estadunidenses na prisão. Seu brilho de orador e sua saúde física e mental voltaram, então, Göring atuou como líder dos acusados, defendendo-se vigorosamente durante o julgamento. As provas, testemunhos e evidências contra seus crimes o renderam pena de morte na forca, por crimes contra a humanidade, contra a paz e crimes de guerra.

Quando tomou conhecimento de sua pena, solicitou ao tribunal que fosse fuzilado, considerando que tal forma de execução seria digna de um militar. Pedido negado pelo Tribunal de Nuremberg.

Göring morto

Na véspera de sua execução, Göring suicidou-se engolindo uma cápsula de veneno de cianeto de potássio – somente em 1967 é que foi revelado que ele havia deixado um bilhete explicando que a cápsula de veneno tinha estado o tempo todo em uma embalagem de pomada.

Postumamente, seu cadáver foi içado à forca junto com os demais executados, num ato macabro autorizado pelos juízes do tribunal de Nuremberg. Em seguida, seu corpo foi cremado e suas cinzas jogadas num rio em Munique.

Confira Imagens de Göring, visitando um dos álbuns abaixo:

Imagens de Göring

Göring na Política

Göring no Julgamento em Nuremberg

 

Sobre Andre Almeida

Ex-militar do exército, psicólogo e desenvolvedor na área de TI.Sou um entusiasta acerca da Segunda Guerra Mundial e criei o site em 2008, sob a expectativa de ilustrar que todo evento humano possui algo a ser refletido e aprendido.

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2 comentários

  1. Sou sobrinha neta de Hermann Goering, gostaria de conseguir o desenho do Brasão de nossa família. Venho pesquisando todos os filmes, relatos e artigos e não encontro.
    Se puderem me enviar ficaria grata. Fico no aguardo de uma resposta, sem mais para o momento agradeço desde já, obrigada.

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