França / Marrocos / Argélia / Bélgica – 2006 – Colorido
Duração: 128 min.
Direção: Rachid Bouchareb
Elenco: Samy Naceri, Sami Bouajila, Jamel Debbouze, Mathieu Simonet, Roschdy Zem, Assaad Bouab, Bernard Blancan
Sinopse: Segunda Guerra Mundial. A França é tomada pela Alemanha e o governo Francês no exílio tenta organizar um exército para confrontar os nazistas.
O primeiro contingente de soldados são 130 mil homens provenientes das colônias francesas na África.
A história se inicia mostrando o recrutamento dos argelinos que se alistam voluntariamente, deixando para trás suas famílias e seu país de origem. Embora não sabendo para onde vão e se retornarão para seus lares, estes soldados se motivam por causa do salário pago e na esperança de receberem reconhecimento do governo francês.
Mas na realidade eles recebem é pouco treinamento e são enviados para a linha de frente mal sabendo manejar um rifle. Seu fardamento também se difere, e muito dos soldados franceses, usando roupas rotas e sandálias ao invés de coturnos.
Quase todos de origem humilde, muitos analfabetos se entregam de corpo e alma para a defesa do que eles chamam de Pátria-mãe. Tratados como combatentes de segunda linha eles partem para a batalha determinados. O resultado é inúmeras baixas, porém ainda assim, conseguem diversas vitórias em campo de batalha. Mas, apesar dos êxitos o reconhecimento pelo empenho é nulo.
O filme foca-se em três soldados e um cabo, para retratar a luta dentro e fora dos campos de batalha enfrentadas por esses heróis jamais reconhecidos.
Dias de Glória traz uma visão diferente da Segunda Guerra Mundial, demonstrando o lado mesquinho e mal-intencionado de uma das potências de guerra dos Aliados.
Fiquei pasmo, chocado, indignado com o tratamento dado pelos franceses aos bobos dos argelinos que se enganjaram em um “suicídio” em troca do que sabiam ser impossível: a independência “de graça” do Império Francês.
Assistam o imperdível “A Batalha de Argel”, e vejam o requinte de crueldade perpetrado pelos franceses, a exemplo do fizeram no Vietnã e de lá foram escorraçados em 1954, ao miserável, subjugado e heróico povo argelino, que somente conseguiu sua independência em 1963, vencendo o Império Francês em sangrantas batalhas.
Dá para perceber as causas dos “distúrbios” dos “terríveis muçulmanos e pieds noirs” em Marselha ?! Seriam “só” eles terroristas ? Aliás, esse engodo também foi a tonalidade do Império Inglês, ao prometer a independência para os árabes e para a Índia. É o velho ditado: “pimenta nos olhos dos outros é colírio”. César Augusto Westin – Belo Horizonte – MG
achei o fileme muito interressante pois elle traz uma outra visão sobre a segunda guerra mundial!!